Tática: Pelotas apresentou desequilíbrio

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No 4-4-2 (4-3-1-2) em losango o Pelotas mostrou força ofensiva apenas pelo lado direito. (clique para ampliar a imagem)

Depois da vitória contra o Lajeadense, a maioria esperava que o Pelotas batesse o lanterna da competição. Makelele que havia entrado muito bem no jogo do meio de semana, assumiu a titularidade como todos esperavam. A outra mudança em relação a última partida foi a entrada de Gavião na vaga de Nunes. Para o jogo contra o Zequinha o técnico Gilmar Dal Pozzo montou a equipe no 4-4-2 (4-3-1-2), em losango, assim como no segundo tempo contra o Lajeadense.

O treinador já havia expressado que treinara este esquema com Carlos Augusto, antes dele se transferir do clube. O problema do Pelotas na partida contra o Zequinha foi o desequilíbrio. Makelele e Johnathan, com aproximação de Tiago Duarte ou Miro Bahia, criavam as jogadas do Lobo sempre pelo lado direito. As passagens do lateral áureo-cerúleo eram constantes. O Pelotas conseguiu várias faltas perto da área, e cruzamentos, poucos efetivos.

Já pelo lado esquerdo o Pelotas apareceu poucas vezes. E quando chegou foi com Tiago Duarte. Robinho ficava mais contido na marcação e Gavião, diferente de Makelele, não tem explosão e velocidade para chegar à frente. Quando ele sobe arrisca chutes ou passes da intermediária. Gavião é um volante de marcação, para equilibrar o lado esquerdo o Pelotas deveria ter um lateral que apoiasse a todo o momento. Com isso o Pelotas ficou pendente e com força apenas por um lado do campo, facilitando a marcação adversária.

Miro Bahia mostrou uma boa movimentação, mas errou muitos passes. Sotilli mais uma vez teve que sair da área para buscar o jogo e tentar tabelas. Tiago Duarte era o jogador que mais flutuava, percebendo que o Pelotas não tinha chegada pelo lado esquerdo, o camisa 7 abriu várias vezes para ser opção por este lado.

Na segunda etapa Dal Pozzo posicionou o time no 4-3-3, com triângulo com base baixa e libertou Alan pela esquerda.

No segundo tempo saíram os gols. Com o 1 a 1  o técnico Gilmar Dal Pozzo fez alterações no Pelotas. Separei o momento que o Lobo ficou no 4-3-3, com triângulo de base baixa – dois volantes  e um armador – e abriu Clodoaldo – esquerda – e Tiago Duarte – direita – . Com as entradas de Alan e Clodoaldo na esquerda o Pelotas passou a ter mais força pelo lado. Porém, os dois insistiam muito na jogada individual.  Pela direita Tiago Duarte, Léo Dias e Johnathan faziam tabelas e sempre procuravam a linha de fundo.

Rafael fez duas grandes defesas para salvar o São José. Certamente foi o melhor jogador em campo. Não podemos tirar os méritos de Itamar Shulle que soube armar muito bem a equipe para este jogo. O gol da virada do Zequinha foi em chute de média distância que Adinam largou – único erro na  partida – e Suelinton oportunista marcou.

Uma derrota inesperada pela situação do São José na tabela, pelo Pelotas vir de uma vitória e pelo elenco que o clube dispõe. Do ponto de vista tático o time de Gilmar Dal Pozzo mostrou desequilíbrio no primeiro tempo pelo lado esquerdo. Quando Makelele cansou – a principal válvula de ataque – e foi substituído o Lobo perdeu ainda mais força ofensiva. O restante são coisas do futebol. Um gol de bola parada do São José e numa falha do goleiro áureo-cerúleo.

Agora é esperar para ver se terão mudanças na Boca do Lobo.