Opinião: um Brasil melhor preparado para a Segundona

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Foram apenas os primeiros 90 minutos de 2011. O jogo-treino contra o Arealense, por mais organizada que seja a estrutura do clube do Areal, também não pode ser considerado um desafio à altura do que o Xavante irá enfrentar no restante do ano do seu centenário. Mas uma coisa eu posso afirmar com (quase) toda a certeza do mundo: o time do Brasil para este ano é muito, mas MUITO melhor do que o que representou (?) o clube na Segundona de 2010.

A rodagem dos atletas, obviamente, influi para este acréscimo de qualidade. Diferentemente do que foi feito no ano passado, neste ano todos os jogadores foram indicações do técnico Hélio Vieira ou de membros da cúpula Xavante. Desta forma, as chances de possíveis erros diminuem. O 4-4-2 de Hélio deve dar as caras durante a primeira parte da Segundona, principalmente porque há dificuldades na contratação de mais um zagueiro. Um esquema de jogo bem definido e sem surpresas, clássico, composto por dois volantes e dois meias, um lateral que sai e outro que fica, um atacante centralizado e outro de movimentação.

No primeiro teste a equipe esteve mal balanceada. Jackson – de boa atuação – ia até a linha de fundo e realizava muitas jogadas pelo lado direito, mas graças à ele o Brasil carecia de uma melhor alternativa pela esquerda, já que Galego não atuou e Rudieri não tem o cunho ofensivo. Cinval mostrou qualidade, caindo pelos lados e fazendo uma boa dupla com Jackson. Moscatell ficou mais centralizado, compondo o meio como terceiro homem, auxiliando Wilson e Carlos Alberto. Os três são bem conhecidos e sabe-se da capacidade e da qualidade destes atletas.

A defesa esteve bem armada. Ronan mostrou ser um bom zagueiro, com imposição física e domínio do jogo aéreo, e Rodrigo segue em boa forma. O principal problema por mim detectado foi no setor ofensivo. Felipe Oliveira se lesionou muito cedo – por isso não pôde ser observado – e Claytão pouco mostrou. Sobrou para Jone, um jovem de apenas 20 anos, a responsabilidade de marcar os gols do Brasil, e o jovem não fugiu da raia: mostrando qualidade e oportunismo, balançou a rede uma vez em boa jogada individual e mostrou que merece ter as suas oportunidades.

Em um primeiro esboço, Jone seria titular do Brasil ao lado de Flaviano. Ainda é muito cedo para dizer se ele vai dar certo, ou se as expectativas positivas que há sobre o grupo Xavante irão efetivamente se confirmar. Mas o Rubro-Negro parece estar no caminho certo para conquistar os seus objetivos no ano do centenário, que é tratado com a merecida importância pelo clube.

Jone, 20 anos, destaque do Brasil no início dos trabalhos