Rithison: experiência na Finlândia a serviço do Pelotas

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Volante foi uma indicação do técnico Armando Dessessards

Rithison (à esquerda) no momento da apresentação: promessa de bom futebol

Tímido, um tanto contrangido, chegou ontem(17) na sala de imprensa do Pelotas o volante de nome um tanto inusitado. Na hora da apresentação, o jeito sério rendeu piadas por parte do repórter Daniel Trzeciak, da RBS. “Pode sorrir, Rithison, é a tua apresentação”, diz o colega da emissora ao volante, arrancando risos do atleta e de todos os presentes naquele momento. Mas em sua primeira entrevista, Rithison Oliveira do Santos, 23, já se sentiu bem mais à vontade do que no momento de ser apresentado, mostrando desenvoltura e muita experiência para um jogador da sua idade.

“Eu comecei a jogar bola no Ceará, mas vim cedo pro Paraná, meu primeiro clube profissional foi o São José. Depois teve Operário, Rio Branco, Icasa, Guarani de Sobral, Mikilin da Finlândia… ih, um montão de clubes já”, diverte-se o jogador.

Rithison estava acertado com o Cruzeiro de Porto Alegre, onde havia sido indicado pelo próprio Armando Desessards, mas em função de ser uma transferência internacional (Rithison estava na Finlândia), o clube da capital não conseguiu inscrevê-lo na primeira fase do Gauchão. O Pelotas aproveitou-se disso para trazer o jogador, uma indicação do novo treinador áureo-cerúleo.

“Eu nunca joguei com o Armando. Só joguei contra, quando eu tava no Guarany de Sobral e ele no Ferroviário. Mas às vezes um treinador olha um jogador e sabe que pode contar com ele, busca informações… comigo e com o Armando acho que foi assim. Ele me trouxe pro Cruzeiro, mas eu não pude estrear lá, então vim para o Pelotas”, explicou Rithison.

Uma passagem inusitada na carreira foi pelo futebol da Finlândia, país de pouca tradição no esporte. Segundo o volante, jogar bola em um dos países mais gelados do mundo não foi fácil.

“Com a temperatura, no inverno o torneio tem que parar, por isso só se joga no verão lá. Mas não foi fácil… o torneio deles é muito pegado. Não tem mais bobo no futebol, na Finlândia tinha muitos bons jogadores, não foi fácil, não. A minha ideia era ir jogar na Holanda, mas acabei indo parar na Finlândia, acho que valeu a experiência”, disse Rithison.

A última partida de Rithison profissionalmente foi no ano passado, ainda na Finlândia. Tendo a marcação e a saída de bola como principais características e bagagem no futebol europeu como currículo, o único volante canhoto do Pelotas se diz pronto para ajudar o seu time assim que o Campeonato Gaúcho começar novamente.

“Eu sou um segundo volante de saída pro jogo, posso jogar de lateral-esquerdo também, mas a minha é fazer o segundo homem. E eu tô louco pra jogar, não jogo desde o ano passado, na Finlândia, mas tô treinando fisicamente desde dezembro, então tô pronto pra estrear pelo Pelotas”, concluiu Rithison.

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