Faltando cinco dias para o Bra-Pel 348, o Rede Esportiva inicia série de reportagens sobre o maior clássico do interior do Rio Grande do Sul. Até o domingo (4), dia do jogo, traremos um olhar diferenciado desta ocasião tão especial.
A distância de quase cinco anos do último Bra-Pel, traz ao clássico deste domingo um componente diferenciado. Quando a bola começar a rolar, quase todos os 22 jogadores que iniciarão a partida terão uma experiência inédita: a disputa entre Brasil e Pelotas. Afinal, dos prováveis titulares, apenas um já atuou na história desse confronto. Algo que provavelmente jamais aconteceu*.
Com uma passagem pelo Brasil, em 2005, Clodoaldo é o único jogador que deve entrar em campo neste domingo para recordar um momento já vivido. A situação, porém, será diferente. Há seis anos, o atacante sofreu uma penalidade, no fim do clássico que aparentava ficar no 0 a 0, e assim ajudou o rubro-negro a vencer o jogo por 1 a 0, gol de Jé. Foi a única experiência do jogador em Bra-Pel.
O único jogador que poderia chegar ao clássico para fazer mais uma atuação completa em Bra-Pel é o goleiro Luciano, do Brasil. Em 2001, quando defendeu o clube pela primeira vez, o atleta, hoje com 41 anos, jogou dois confrontos contra o Pelotas. E, pensando no fator sorte, o torcedor Xavante bem que gostaria de contar com Luciano para o próximo Bra-Pel. Em 2001, ele saiu vitorioso nas duas ocasiões: 1 a 0, no Bento Freitas (dia 9 de setembro) e na Boca do Lobo (6 de outubro), ambos pela Série C.
Do lado áureo-cerúleo, o jogador que mais se aproximou de jogar um Bra-Pel foi o goleiro Bruno. Mesmo assim, “aproximou” é força de expressão. Bruno chegou ao Pelotas em fevereiro de 2008, quase dois anos depois do último clássico. Voltando de lesão, porém, o goleiro deve seguir mais um tempo sem viver esta experiência. O jovem Fernando Júnior deverá ser o eleito para a vaga.
Entre os jogadores mais “desesperados” por um Bra-Pel, depois de Bruno, aparece Vanderlei. No entanto, ao contrário do goleiro do Lobão, o dono da meta Xavante deverá matar este desejo dentro de poucos dias. O jogador chegou ao Brasil em 2008, para a Série C. Primeiro foi reserva de Flávio, mas na mesma competição alcançou a titularidade. Agora, vestindo o uniforme vermelho e preto pela quarta vez, ele finalmente poderá acabar com esta longa espera.
Espera dos dias inesgotáveis. Espera dos dias contados. Espera pelo maior clássico do interior gaúcho. Espera dos jogadores, dos clubes e de seus milhares de torcedores. O Bra-Pel voltará a campo. Da memória, ele jamais saiu.
* Não é possível comprovar pois há clássicos sem o registro das escalações.
Pesquisa: BRAPEL: A rivalidade no sul do Rio Grande – J. Éder