O JOGO
O jogo começou antes mesmo do apito inicial, quando saíram as escalações. Surpresas dos dois lados: no Pelotas, o zagueiro Eliézio foi vetado de última hora por conta de uma lesão, entrando em seu lugar William Paulista. Sandro Sotilli começou no banco. Já pelo lado rubro-negro, a surpresa principal veio no ataque. O técnico Rogério Zimmermann surpreendeu a todos quando anunciou Márcio Jonatan no time titular, no lugar que seria do centroavante Alexandre Matão.
Quando a bola rolou, o clima logo ficou quente. Aos dois minutos, após dividida entre Bruno Salvador e Wender, o volante Leandro Leite foi tirar satisfações com o zagueiro áureo-cerúleo, mas logo o clima esfriou por conta da “turma do deixa-disso”. Chance de gol só teve aos 12 minutos. Clodoaldo, em jogada individual, deixou Tiago Renz em ótimas condições de arremate e volante do Pelotas pegou de primeira, obrigando Luiz Müller a fazer grande defesa. Mas na sequência o Brasil não suportou a pressão. Aos 17 minutos, Cleiton sofreu falta na entrada da área. Falta que Tiago Renz cobrou com maestria, contando com uma pequena ajuda do goleiro Luiz Müller, que falhou no lance. Naquela momento, era aberto o placar na Boca do Lobo para delírio da massa áureo-cerúlea.
Após o gol, o Pelotas tomou controle da partida. Com excelente atuação de Tiago Renz e Maicon Sapucaia, o meio-campo da equipe de Beto Almeida ditava o ritmo de jogo do clássico. O Brasil só conseguiu chegar aos 23 minutos, quando Washington arriscou de longe, obrigando Bruno a colocar a bola para escanteio. Na cobrança, a zaga do Pelotas afastou, mas no rebote, Marcos Paraná fez outro levantamento, que desta vez achou Márcio Jonathan. A aposta do técnico Rogério Zimmermann para o clássico desviou de cabeça e deixou tudo igual na Boca do Lobo, ao 25 minutos do eletrizante clássico.
Segundo Tempo
O segundo tempo começou como acabou o primeiro. O Pelotas, nervoso, não conseguia criar boas chances, enquanto o Brasil fazia uma marcação impecável e buscava a saída nos contra-ataques. A primeira chance de gol do segundo tempo veio aos sete minutos, em cobrança de falta do zagueiro Tiago Saletti, que assustou o goleiro Bruno Hepp. O Brasil ainda chegou novamente, aos dez minutos, em contra-ataque, Marcio Jonathan foi lançado cara-a-cara com Bruno, mas o atacante chutou cruzado para grande defesa do goleiro do Pelotas. Aos 14 minutos, Beto Almeida atendeu ao pedido do torcedor, e lançou a campo o Alemão Matador. Em seu primeiro Bra-Pel, Sotilli levantou a torcida ao entrar no lugar de Nconco, que teve atuação apagada. Mas era o Brasil quem dominava a partida. Aos 27 minutos, Moisés cobrou falta da ponta esquerda, a bola passou por todo mundo e quase enganou Bruno, que espalmou. Porém, a bola ficou viva dentro da área e, após uma confusão, Márcio Chagas marca falta de ataque do Brasil. Os jogadores ameaçaram um empurra-empurra que logo foi contido. Empurra-empurra também teve nas casamatas, quando comissão técnica do Brasil e do Pelotas discutiram e o juiz acabou expulsando o técnico Rogério Zimmermann.
Ficha Técnica
Copa Hélio Dourado
Local: estádio Boca do Lobo em Pelotas-RS
Arbitragem: Márcio Chagas da Silva, auxiliado por: Julio Cesar dos Santos e Lucio Beiesdorf Flor
Pelotas: Bruno; Igor, Bruno Salvador, William Paulista, Brida; Tiago Gaúcho, Tiago Renz, Cleiton e Maicon Sapucaia (Carlinhos); Clodoaldo (Filipinho) e Nconco (Sotilli). Técnico: Beto Almeida.
Brasil: Luiz Müller; Éder Silva, Jonas, Cirillo e Tiago Saletti (Galego); Leandro Leite, Wender (Moisés), Washington e Marcos Paraná (Willian Kozlowski); Alex Amado e Márcio Jonatan. Técnico: Rogério Zimermmann.
Cartões amarelos: Bruno Salvador, William Paulista, Tiago Renz, Carlinhos e Nconco (Pelotas); Tiago Saletti, Wender, Cirilo e Márcio Jonatan (Brasil).
Gols: Pelotas: Tiago Renz, aos 17 do primeiro tempo, e Brida aos 46 do segundo tempo; Brasil: Márcio Jonatan, aos 25 do primeiro tempo, e Marcos Paraná aos 31 do primero tempo.
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