Marcos Paraná decide e Brasil vence o clássico 351

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Jogadores rubro-negros comemoram com o troféu

 

Neste domingo (23) Pelotas parou para ver o clássico Bra-Pel de número 351. Em partida com sete volantes em campo, quem decidiu foi um meia que iniciou no banco de reservas: Marcos Paraná fez o único gol da partida e deu a vitória para o Xavante, que mantém o jejum de nove anos sem vitórias do rival e divide a liderança do grupo com o 14 de Julho.

Primeiro tempo

O jogo começou muito truncado, graças a escalação dos dois treinadores do clássico. Enquanto Beto Almeida mantinha seu esquema de três volantes com um meia de armação, Rogério Zimmermann veio a campo com surpreendetes quatro volantes no meio de campo, já que o articulador Marcos Paraná começou no banco de reservas por não estar cem por cento.

Com sete volantes em campo, o primeiro tempo do clássico foi escasso em chances de gol. A primeira finalização só veio aos dez minutos, quando Márcio Jonatan arriscou de longe, mas pegou fraco na bola para facil defesa de  Bruno Hepp. Aos 27 minutos, o Pelotas perdeu seu capitão. O volante Tiago Gaúcho sentiu a costela após o choque e foi substituído por Nconco. Com a alteração, o  Lobão mudou o esquema tático, passando para o 4-3-3.

Na teoria, após a alteração o Pelotas deveria dominar as ações ofensivas, mas não foi o que aconteceu: foi o Brasil quem chegou com perigo pela primeira vez no clássico. Aos 28 minutos Márcio Jonatan cabeceou com perigo após cobrança de escanteio, a bola passou perto do gol de Bruno.

Aos 32 minutos, o Brasil chegou muito perto do gol em lances consecutivos: Moisés cobrou falta com perigo, Bruno Hepp fez boa defesa colocando a bola pra escanteio. O escanteio foi cobrado por Edu Silva, a bola caiu no meio da área e o Xavante tentou com Matão e Washington, mas a bola explodiu duas vezes na defesa áureo-cerúlea, na sequência Matão sofreu falta na entrada da área. Moisés cobrou a falta nas mãos de Bruno Hepp que defendeu firme e acalmou o coração do torcedor do Pelotas.

O Brasil ainda chegou com Éder Silva, aos 40 minutos o lateral avançou pela direita e chutou para a defesa do goleiro do Lobão. Ao término do primeiro tempo, houve um princípio de confusão no gramado, Wender foi cobrar o árbitro da partida Daniel Nobre Bins, por não ter expulsado Willian Paulista que havia dado um tapa na cara de Leandro Leite. Os ânimos se acalmaram e as equipes foram para o vestiário sem marcar gols.

Segundo tempo

O segundo tempo começou mais aberto, o técnico xavante Rogério Zimmermann colocou em campo Marcos Paraná, autor de um golaço no primeiro clássico do ano, o meia recebeu a missão de aumentar o ímpeto ofensivo da equipe rubro-negra.

E a alteração surtiu efeito, logo aos quatro minutos, Marcos Paraná foi derrubado na entrada da área por Willian Paulista. O volante que recebeu cartão amarelo no final do primeiro tempo, recebeu seu segundo cartão e foi expulso da partida. Com um jogador a menos, Beto Almeida tirou Filipinho para a entrada do zagueiro Aylton Alemão para recompor seu sistema defensivo.

Já o Brasil, que já vinha melhor na primeira etapa, sobrava ainda mais na partida já que tinha um jogador a mais. O Brasil podia ter aberto o placar aos 16 minutos com Moisés, que cobrou falta com muito perigo para o gol de Bruno Hepp. O gol do jogo estava próximo e foi “reservado” para o novo xodó da torcida rubro-negra.

Bruno se estica todo, mas não alcança: é gol

Marcos Paraná, que começou o jogo no banco de reservas recebeu uma bola da intermediária e de primeira  mandou direto para o gol. Um canudo da intermediária indefensável para o goleiro Bruno Hepp, assim como havia sido no último Bra-Pel na Boca do Lobo. Marcos Paraná fez seu segundo gol no campeonato, seu segundo em Bra-Péis, seu segundo golaço: Brasil 1 a 0.

Com o placar a seu favor e um jogador a mais, coube à equipe de Rogério Zimmermann recuar seu time e explorar os contra-ataques.  Em um deles, aos 33 minutos, Éder Silva quase ampliou o placar em jogada pela direita, mas Bruno Hepp colocou para escanteio em excelente defesa. Beto Almeida tentou mexer na equipe, promovendo a estreia de Diego Miranda, no lugar de Cleiton. Apesar de demonstrar habilidade na perna esquerda, Diego Miranda não conseguiu criar chances de gols muito claras para o Pelotas.

O Brasil ainda chegou uma última vez ao ataque, após receber a bola na área, Marcos Denner rolou para Moisés, que chutou rasteiro, a bola passou perto do gol de Bruno. Nos momentos finais, o Pelotas ainda tentou desesperadamente chegar ao gol de empate através de levantamentos para a área, mas a zaga Xavante afastava qualquer possibilidade de gol áureo-cerúleo.

Daniel Nobre Bins apitou dando fim ao clássico de número 351. O Brasil venceu seu rival em casa, para delírio dos cerca de 10 mil rubro-negros que lotaram o estádio da Baixada, que agora tem um novo ídolo: Marcos Paraná “O homem Bra-Pel”.

Ficha técnica

Copa Hélio Dourado
Local: estádio Bento Freitas em Pelotas-RS
Arbitragem: Daniel Nobre Bins, auxiliado por: Tatiana Jacques e Leirson Peng Martins
Brasil: Luiz Müller; Éder Silva, Jonas, Fabiano Eller, Edu Silva (Cirillo); Leandro Leite, Washington, Moisés, Wender (Marcos Paraná); Márcio Jonatan, Matão (Marcos Denner).

Pelotas: Bruno Hepp; Igor, Bruno Salvador, Eliézio, Carlinhos; Willian Paulista, Tiago Renz, Tiago Gaúcho (Nconco), Cleiton (Diego Miranda); Clodoaldo, Filipinho (Aylton Alemão).

Cartões amarelos: Wender, Washington (Brasil); Willian Paulista, Tiago Renz (Pelotas).
Cartões vermelhos: Willian Paulista (Pelotas).
Gols: Marcos Paraná (aos 20 minutos do segundo tempo).