Avaliações físicas na Baixada

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Pesquisadores da UFPel estiveram avaliando jogadores no Bento Freitas

Durante um longo período de preparação, principalmente baseado na parte física, para uma longa temporada de jogos, é de extrema importância que haja avaliações do desgaste fisiológico e físico do grupo de atletas do rubro-negro. Para isso, um grupo de pesquisadores da ESEF – Escola Superior de Educação Física – da Universidade Federal de Pelotas, em parceria com o Grêmio Esportivo Brasil, oportunizou na tarde desta sexta-feira (15), no vestiário do estádio Bento Freitas, essas estimativas para o trabalho da comissão técnica rubro-negra. Através da utilização de diferentes equipamentos modernos na área esportiva, como Reflotron – para análises biológicas -, cardiofrequencimetros e plataforma de salto, é possível realizar diagnósticos variáveis bioquímico, cardíaco e físico dos jogadores, durante todo o período dos intensos treinamentos, e posteriormente, de cada partida da equipe.

Através da análise bioquímica avalia-se uma enzima chamada CK (Creatina Quinase) que se encontra em pequenas quantidades em todos os tecidos musculares e que intervém no processo de produção de energia a nível muscular. Ela é liberada sempre que o corpo está sujeito a grande stress físico, de modo que ela acelera o fornecimento de energia aos músculos. Já na análise cardíaca é examinada a frequência cardíaca de cada atleta, para que seja estudada a demanda cardíaca imposta pelo exercício físico. E na análise física, observa-se a potência dos membros inferiores do jogador, a partir de um salto vertical.

– A ideia deste trabalho é aproximar nossos estudos a um grupo de futebol, no caso o Brasil, pra que sejam colocadas em exercício todas estas avaliações relevantes na prática de trabalho físico. A relevância deste estudo é identificar o que acontece, durante os treinamentos, de desgaste orgânico do atleta. Se nós conseguirmos reconhecer o quanto ele está debilitado, poderemos colocar em ação atividades corretas para o seu retorno e potencializar níveis melhores de desempenho físico – explicou o professor da ESEF, Fabrício Boscolo Del Vecchio.

O grupo de pesquisadores da Escola Superior de Educação Física é composto por professores, estudantes de diversos semestres e mestrandos da instituição, e atua neste tipo de trabalho desde 2010. São medidas importantes que se devem ser tomadas na pré-temporada rubro-negra para que os frutos sejam colhidos no futuro, que todos esperamos, seja o melhor possível.

Carlos Insaurriaga – AI GE Brasil