Mais um Bra-Pel foi jogado. Neste domingo, no Bento Freitas, Brasil e Pelotas protagonizaram um clássico marcado pela festa nas arquibancadas e pelas confusões em campo. Um único gol decidiu o vencedor do Bra-Pel 352, que foi mais uma vez o Brasil, ampliando o jejum de quase 10 anos sem vitórias áureo-cerúleas em clássicos.
Embalado pela festa de sua torcida que lotou o estádio Bento Freitas, o Brasil começou pressionando. Em cobranças de faltas perigosas de Rafael Forster, que aproveitava o forte vento a favor do ataque do Brasil, no primeiro tempo.
O Pelotas pouco passava da linha de meio campo, o Brasil dominava o espaço ofensivo da partida. Na primeira chegada do Lobo na partida, aconteceu o primeiro gol… do Brasil! Cobrança de falta do Pelotas, Regis levantou e Felipe Garcia de cabeça dividiu com o goleiro Luis Muller. Na sobra, o contra-ataque rubro-negro foi puxado por Alex Amado, a bola sobrou para William Kozlowski, aproveitando bobeira da defesa do Lobo. O camisa 10 saiu cara a cara com Paulo Sérgio e apenas deslocou o goleiro, para abrir o placar no Bento Freitas aos 12 minutos de jogo. Para o delírio dos 8 mil torcedores xavantes.
Após o gol, o Lobão não conseguia criar muito, graças a forte marcação da equipe de Zimmermann. Gadelha e Mithyuê, só foram aparecer aos 24 minutos, quando após tabela entre os dois meias, Gadelha chutou em cima de Cirilo. A melhor chance do Pelotas no primeiro tempo foi aos 33 minutos, Fabiano Gadelha recebeu pela direita, partiu pra cima da marcação e chutou cruzado, assustando Luis Muller.
Vendo que seu time não conseguia criar chances de gol, Paulo Porto promoveu uma mexida ousada na equipe, ainda no primeiro tempo: colocou o atacante Elton e tirou o volante André. A mudança surtiu efeito, e no primeiro lance após a alteração, Gadelha cruzou para Felipe Garcia, que faria o gol se Fernando Cardozo não tirasse a bola para escanteio no momento exato.
O árbitro encerrou o primeiro tempo da partida, com o placar de 1 a 0 para o Brasil, e na saída para o intervalo, confusão! Após o término do primeiro tempo, o zagueiro Bruno Salvador que estava na reserva foi até o árbitro reclamar. Os jogadores do Brasil não gostaram e foram tirar satisfações, o que resultou em uma grande confusão com troca de agressões entre alguns jogadores. A polícia, ajudada pela turma do deixa-disso, conseguiu finalmente acalmar os ânimos e as duas equipes foram para o vestiário.
Ainda no vestiário, o árbitro da partida anunciava a expulsão de dois jogadores, reservas. Bruno Salvador do Pelotas e Ricardo Schneider do Brasil.
No segundo tempo, a primeira chance de gol, foi do Brasil. Cirilo recebeu cruzamento de Rafael Forster e cabeceou muito perto do gol de Paulo Sérgio. A melhor chance do segundo tempo, também foi do Brasil: Cleiton recebeu cruzamento da esquerda, livre, na entrada da área. O meio campo ex-Pelotas, teve tempo de dominar no peito e chutar, a bola passou raspando a trave esquerda do goleiro do Lobão.
O Pelotas só foi chegar com perigo aos 25 minutos. Em cobrança de falta, Gadelha levantou na área e Edson Borges desviou, para Luis Muller fazer grande defesa.
Quando o jogo se encaminhava para o final, mais confusão: Após Felipe Garcia ficar caido na área rubro-negra, gerou um desentendimento com os defensores do Brasil. Após muita confusão, havendo troca de agressões entre Jéferson Luis e Wender, o juiz apenas deu dois cartões amarelos e deixou o jogo seguir para o seu final.
Final com vitória xavante, o placar de 1 a 0 se permaneceu, junto com o jejum de vitórias em clássico da torcida áureo-cerúlea, que não deixou de cantar, mesmo após a derrota.
Com a vitória o Brasil chegou aos três pontos na competição. O Pelotas segue na liderança da Copa Fronteira Sul com seis pontos ganhos.
FIcha técnica
Local: estádio Bento Freitas
Arbitragem: Érico Andrade de Carvalho, auxiliado por: Claudio Luis Rodrigues e Guilherme Ávila da Silva
Gols: William Kozlowski aos 12 minutos do primeiro tempo
Cartões Amarelos: Brasil: Wender, Cirilo e Leandro Leite; Pelotas: Paraná e Jeferson Luis.
Cartões Vermelhos: Brasil: Ricardo Schneider ; Pelotas: Bruno Salvador
Brasil: Luis Muller; Wender, Cirilo, Fernando Cardozo e Rafael Forster; Leandro Leite, Nunes, Cleiton(Gustavinho) e William Kozlowski(Marcio Hahn); Alex Amado e Gustavo Papa(Eder Machado); Técnico: Rogério Zimmermann
Pelotas: Paulo Sérgio; Régis(Paraná), Pedrão, Edson Borges e Digão; Jovane, Tiago Gaucho, André(Elton), Gadelha(Ramon) e Mithyuê(Jéferson Luis); Felipe Garcia; Técnico: Paulo Porto