Raio-X: conheça a Penapolense, primeiro adversário do Lobão na Série D

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Anos de ouro. Essa é a definição mais clara para as últimas cinco temporadas do Clube Atlético Penapolense, o primeiro adversário do Pelotas na Série D 2014. A página começou a ser virada em 2010, quando um clube acostumado a perambular entre as terceira e quarta divisões do futebol paulista surpreendeu a todos e chegou nas semifinais da Copinha SP. Hoje, após dois acessos – Série A2 em 2011 e A1 (divisão principal) em 2012 – a Pantera do Noroeste vai para sua segunda participação seguida na 4ª divisão do Brasileirão. Se ano passado, era novata, dessa vez vem com a credencial de Campeã Paulista do Interior.

Foto: globoesporte.com

Vitória de 3 a 2 sobre o Palmeiras em 2013: primeiro grande feito do clube (Foto: globoesporte.com)

No dia 16 de novembro de 1944 nascia oficialmente o Clube Atlético Penapolense e seus primeiros anos foram dados no futebol amador. A partir de 1951, o clube filiou-se a Federação Paulista de Futebol (FPF) e passou a disputar competições profissionais. Dono do estádio Tenente Carriço, o tricolor passou a alçar vôos mais altos nas mãos do atual presidente, Nilso Moreira, médico que assumiu o clube em 2011.

CAMPEÃO DO INTERIOR PAULISTA 2014

Jogadores comemoram vitória sobre o São Paulo nos pênaltis (Foto: Levi Bianco/Folhapress)

Jogadores comemoram vitória sobre o São Paulo nos pênaltis (Foto: Levi Bianco/Folhapress)

No debut na primeira divisão, em 2013, a Penapolense chamou atenção quando venceu o Palmeiras por 3 a 2, de virada, no estádio Pacaeumbu. Naquele ano a Pantera terminou na oitava colocação no estadual, com um aproveitamento de 49% em 19 jogos (8 vitórias, 4 empates e 7 derrotas) , sendo eliminada pelo São Paulo nas quartas de final. Entretanto, o melhor estava por vir. Em 2014, comandada pelo técnico e ex-jogador Narciso, a Penapolense faz mais uma uma ótima campanha na primeira fase e só parou no Santos, nas semifinais. Destaque para a goleada de 4 a 1 sobre o Peixe ainda na primeira fase e para o troco no São Paulo nas quartas de final. Vitória nos pênaltis por 5 a 4. Além disso, o meia Petrus foi uma das revelações e para o Brasileirão assinou contrato Corinthians.

PREPARAÇÃO PARA A SÉRIE D

(Foto: Vipcomm)

Eterna promessa do São Paulo, Sérgio Mota busca afirmação na Penapolense (Foto: Vipcomm)

Com a excelente campanha no Paulistão, o óbvio aconteceu. Como o já citado Petrus, outros destaques despertaram o interesse de times grandes acabaram deixando a Penapolense. O lateral Gualberto foi para o Criciúma; a dupla de zaga Rodrigo Biro e Jailton rumou para Chapecoense; Washington foi para o Joiville) e Rodinei para a Ponte Preta.

Em contrapartida, o treinador Narciso foi mantido, assim como o camisa 10 Guaru e o goleiro Samuel. Reforços, como o centroavante João Paulo (que passou pelo Brasil em 2013 e Pelotas em 2011) e a promessa da base do São Paulo Sérgio Mota, chegaram ao Tenentão. Jovens como Rômulo (ex-Criciúma) e Ademir (ex-Ponte Preta) vieram por empréstimo.

Dos 31 atletas do grupo principal, 17 atletas são remanescentes do Paulistão. Poucos titulares, no entanto, jogadores que conhecem a filosofia de trabalho de Narciso, tornando mais fáceis os 60 dias de preparação.

Nos amistosos, vitórias sobre Ferroviária de Araraquara, Grêmio Prudente e Oeste de Itápolis, o que deixou o treinador confiante. “Fizemos o que tinha que ser feito na pré-temporada e agora as atenções se voltam aos trabalhos da reta final”, disse Narciso.

Para enfrentar o Lobão, o onze inicial deve ter: Samuel Pires, Luís Gustavo, Odair, Heleno e Rômulo; Fernando, Ferreira, Neto e Guaru; Oliveira e David Dener.

DESTAQUE

(Foto: Célio Messias/Gazeta Press)

Guaru é o camisa 10 que faz meio-campo do Penapolense girar (Foto: Célio Messias/Gazeta Press)

Muito do futebol apresentado pelo Penapolense nos últimos anos passa pelos pés do meio-campista Guaru, que está desde 2012 na equipe do interior paulista. Veterano e aos 33 anos, tem boa identificação com o torcedor, apresenta o estilo clássico de meia-armador e faz o time andar dentro de campo. É importante ainda pela cobrança de bola parada precisa. Dirigentes já chegaram a compará-lo com Paulo Henrique Ganso (São Paulo) e Douglas (Vasco).