Vai ter Maracanã, sim! O sonho xavante de eliminar o Flamengo na primeira fase da Copa do Brasil não acabou ainda. Em partida histórica no Bento Freitas, o Xavante começou melhor, sofreu um gol em uma falha individual, perdeu o ritmo e ia sendo eliminado após sofrer o segundo gol. Mas com uma cabeçada de Nena, nos acréscimos, o Rubro-Negro rechaça a elminação precoce e carimba o passaporte rumo ao Maracanã, onde tentará um milagre para passar à próxima fase da Copa do Brasil.
BRASIL DOMINANTE
O Brasil começou a partida dentro de suas características. Marcando forte e pressionando a saída de bola adversária, o Flamengo se via sem alternativas: abusava de chutões (que sempre eram recuperados pelo meio-campo xavante) e errava muitos passes, possibilitando ataques da equipe pelotense.
A exceção, na primeira etapa, foi em lance pela esquerda. Marcelo Cirino driblou Wender e cruzou para trás, onde Alecsandro errou um gol feito. Fora isto, era o Xavante quem dominava as ações ofensivas. Sem muita produção efetiva, mas com volume de jogo superior, Rogério novamente viu seu time esbarrando na falta de criatividade.
FALHA, GOL
O primeiro gol do Flamengo veio em lance ocasional. Ricardo Bierhals, que teve boa atuação no restante da partida, teve segundos de apagão. Ao tentar recuar uma bola para Eduardo Martini, o zagueiro entregou o lance nos pés de Alecsandro. O atacante flamenguista, com um toque, abriu o placar no Bento Freitas.
QUEDA DE RITMO
Após o gol, o Brasil teve uma clara quebra em seu ritmo. Atrás do resultado, o Xavante não marcava mais com tanto vigor a saída de bola do Flamengo. Contra um adversário esgotado, o Flamengo tentou cozinhar a partida. Trocava passes no campo de defesa e sem muita pressa tomou conta da partida.
Até que no segundo tempo, veio o golpe que eles julgaram derradeiro. Em falta próxima à área, Canteiros cobrou na barreira. No rebote, Pará acertou um belo chute no canto de Eduardo Martini colocando o Flamengo a dois gols de diferença e eliminando parcialmente, a partida de volta.
NENA TRAZ O MARACANÃ
Após o segundo gol, o Brasil se atirou para o ataque. Com as entradas de Cleiton e Galiardo, a equipe teve ligeira melhora na parte ofensiva e criativa e quase chegou ao 2 a 1, com Washington, que parou em grande defesa de Paulo Vitor.
Quando se imaginava que o Xavante já estava fora da competição nacional, surge uma falta na ponta direita de ataque, perfeita para as cobranças de Rafael Forster, sempre preciso. O lateral-esquerdo não decepcionou e em uma bola fechada, encontrou Nena, que escorou para as redes e devolveu ao Brasil, o direito de ir ao Maracanã.
Para passar à próxima fase, o Brasil precisa vencer por dois gols de diferença. No dia 18 de março, a delegação xavante e os seus fieis torcedores viajam ao Rio, em busca de um “Maracanazzo”.