“Deu a lógica”. A frase que resume a partida jogada neste domingo (19), entre Brasil e Inter, foi proclamada pelo técnico xavante, Rogério Zimmermann. O Brasil foi contra tudo e todos ao Beira-Rio, buscando um milagre, uma conquista no sentido mais literário da palavra. Mas ela não veio. Envolvido pela superioridade colorada, o Xavante perdeu por 3 a 1, deu adeus ao Gauchão e se contenta com o bi-campeonato do Interior, virando seus olhares para a disputa da Série C, no segundo semestre.
SUPERIORIDADE
A dúvida que rondava a partida vinha toda em cima do Brasil. Iria o Xavante, comandado por Rogério Zimmermann, esperar a equipe colorada, mantendo sua cautela habitual, ou iria partir para cima, tentando surpreender o adversário e, assim, buscar o gol heroico que lhe daria a classificação?
A resposta pode ser a mesma do início do texto. “Deu a lógica”. O Brasil se contentou em marcar o Inter na primeira etapa e abdicou de jogar. Superior, o Inter conseguiu criar boas chances com Valdivia e Lisandro Lopes, mas estas paravam em um Eduardo Martini inspiradíssimo.
Chance xavante só próximo aos 40 minutos. Em contra-ataque rápido, Alex Amado foi acionado por Diogo Oliveira, limpou o defensor, mas acabou pegando mal na bola, na melhor oportunidade rubro-negra na primeira etapa.
VALDIVIA INSPIRADO
Até ali, o plano xavante vinha dando certo. Sem tomar gols, o Brasil precisava, ainda, de “uma bola” para conseguir a conquista.
Mas o plano acabou sendo destruído pelo jovem Valdivia. Logo no início da segunda etapa, partiu dele um lançamento primoroso que encontrou Alex. O meia colorado, com apenas um toque, encobriu Martini e abriu o placar no Beira Rio.
Não demorou muito para, minutos depois, Valdivia ampliar o placar. Após receber bola na frente da área o garoto chutou de perna direita, no cantinho, de maneira indefensável para o goleiro xavante. 2 a 0.
NÃO DEU!
Precisando de improváveis dois gols para vencer o jogo, o Brasil raramente atacava o Inter. Totalmente dominado pela equipe colorada, que ainda ampliou com Rafael Moura, ao completar cruzamento do lateral-direito William, natural de Pelotas, o que tornou a missão xavante, de fato, impossível.
O Brasil, em um ato puramente simbólico, ainda diminuiu a partida. Márcio Jonatan, de cabeça, aproveitando cobrança de falta de Rafael Forster, deu números finais à partida, eliminando o Brasil da competição.
E AGORA…
Com a eliminação, o Brasil garante a terceira colocação final no Campeonato Gaúcho de 2015 e, consequentemente, o título de Campeão do Interior (segundo consecutivo).
Com o título do Interior, o Brasil garante sua participação na Copa do Brasil de 2016. O foco xavante, agora, fica para a participação rubro-negra na Série C do Brasileiro. A estreia xavante é no dia 17 de maio, diante do Juventude, no estádio Bento Freitas.
ROGÉRIO ZIMMERMANN
“Deu a lógica. A gente não tá nessa turma ainda. Gauchão normalmente é decidido por Grêmio e Inter, é complicado fugir disso. A gente estava de furão nesta história. Mais uma vez somos campeões do interior. Isto tem que ser comemorado. Nosso foco agora fica para a Série C. É importante contratar, mas para isto a direção tem que ter condições de contratar. O que a gente sabe é que é bastante complicado. Temos um grupo forte, bom, que a cada dia se prova mais dentro de campo”
ficha técnica
INTER 3×1 INTERNACIONAL
Local: estádio Beira-Rio
Inter: Alisson; William, Paulão, Alan Costa e Alan Ruschel; Nilton, Nico Freitas, Alex(Geferson), Anderson(Rafael Moura) e Valdivia(Vitinho); Lisandro Lopes; técnico: Diego Aguirre
Brasil: Eduardo Martini; Wender, Cirilo, Eduardo Brock e Rafael Forster; Leandro Leite, Nunes e Diogo Oliveira; Alex Amado(Márcio Jonatan), Felipe Garcia(Galiardo) e Nena(Gustavo Papa); técnico: Rogério Zimmermann
Gols: Alex, Valdivia, Rafael Moura (Inter) e Márcio Jonatan (Brasil)