Na manhã/começo da tarde desta quarta-feira (30), o Brasil realizou seu primeiro teste forte visando 2016. Com quase quatro semanas completas de pré-temporada, o Xavante foi até Viamão para duelar contra o Cruzeiro-POA. Em amistoso disputado no ótimo gramado do Hotel Vila Ventura, que recebeu a seleção equatoriana durante a Copa do Mundo, Xavante e Estrelado empataram por 1 a 1. Um gol contra de Vini colocou o Rubro-Negro na dianteira, mas Thiago Alagoano deixou tudo igual.
Antes da partida, em entrevista à Rádio Pelotense, o treinador do Cruzeiro, Luís Antônio Zaluar, comentou sobre o teste: ”Excepcional enfrentar uma equipe que é a terceira força do estado, ainda mais em um ótimo gramado”.
Também atendendo a Pelotense, o presidente Ricardo Fonseca analisou o amistoso antes do início: ”Jogar amistosos com equipes fortes que também vão disputar o Gauchão são muito válidos para avaliarmos como está a equipe”. A respeito do pagamento de 50% da folha de dezembro (que só vence em 10 de janeiro), o mandatário disse: ”É um compromisso que sempre existe mas que nem sempre é possível. Não podemos ficar na zona de conforto. Temos que começar a correr para continuar pagando em dia”.
Primeiro tempo morno
Fazendo exatamente o que disse ontem, Rogério Zimmermann mesclou novamente os atletas que começaram como titulares. Os dois reforços que estiveram entre os 11 iniciais foram Moisés e Ramon. Enquanto o primeiro atuou pela direita da linha de três ofensiva, o segundo voltou a jogar pela esquerda. Como de praxe, Nena ficou centralizado mais à frente do 4-2-3-1 xavante.
Sob forte calor, o árbitro Anderson Farias realizou uma parada técnica para hidratação dos jogadores na metade de etapa inicial. O Brasil finalizou pela primeira vez somente aos 28, quando Washington exigiu boa defesa de Alísio. Na sequência, o Estrelado tentou responder com Paraná, que mandou para fora da meta de Luiz Muller. Aos 42, Washington levou perigo ao Cruzeiro novamente. Ele chutou de longe e carimbou a trave, na junção com o travessão. Foi o último bom lance dos 45 minutos introdutórios.
Gols: o diferencial da etapa final
Com a equipe toda alterada, o Brasil assustou logo no quinto minuto da etapa final. Gustavo Papa bateu para boa intervenção de Alísio, que deu rebote aproveitado por Marcos Paraná. O meia tentou mas jogou por cima. Nos 20 minutos seguintes, nenhum lance de perigo aconteceu. O árbitro, mais uma vez, promoveu nova pausa para os atletas beberem água.
Em um confroto extremamente parado, o gol xavante surgiu através de um lance de bola parada. Aos 30 minutos, Marcos Paraná cobrou falta na área e Vini desviou contra: 1 a 0. O Cruzeiro, que manteve quatro dos titulares da primeira etapa e substituiu dois deles logo no começo, não conseguia assustar a defesa do Brasil. Aos 36, Felipe Garcia passou pelo arqueiro rival mas perdeu ângulo e desperdiçou a oportunidade.
Quando o amistoso já se encaminhava para uma vitória rubro-negra, o Estrelado igualou. Dois minutos depois da chance perdida por Garcia, Thiago Alagoano acertou um belo chute de fora para vencer Martini: 1 a 1.
FICHA TÉCNICA
Cruzeiro (PRIMEIRO TEMPO): Alísio; João Carlos, Carlão, André Ribeiro e Jefferson Sandes; Reinaldo, Paraná, Juninho Tardelli e Chiquinho; Matheus e Raul.
Brasil (PRIMEIRO TEMPO): Luiz Muller; Wender, Leandro Camilo, Teco e Brock; Galiardo, Washington, Moisés, Diogo Oliveira e Ramon; Nena.
Cruzeiro (SEGUNDO TEMPO): Alísio; Rodrigo, Filipe, André Ribeiro (Tauã, aos 14 minutos) e Jefferson Sandes; Reinaldo, Hugo, Benhur e Juninho Tardelli (Vinícius, aos 14 minutos); Thiago Alagoano e Vini.
Brasil (SEGUNDO TEMPO): Eduardo Martini; Ricardo Bierhals, Cirilo, Fernando Cardozo e Xaro; Leandro Leite, Márcio Hahn, Felipe Garcia, Marcos Paraná e Cleverson; Gustavo Papa.
Arbitragem: Anderson Farias, auxiliado por Hélio Nepomuceno e Micael Stanislau.