Sob péssimas condições, o Brasil traz um ponto na bagagem de Novo Hamburgo. Atuando em um Estádio do Vale completamente alagado devido a forte chuva no Vale dos Sinos, o Xavante empatou por 1 a 1 com o time da casa. Depois de um primeiro tempo morno, Felipe Garcia fez grande jogada e descolou pênalti, convertido por Gustavo Papa. Em seguida, porém, uma desatenção da defesa rubro-negra permitiu tento de Saldanha para igualar o marcador antes de apagão de 25 minutos nos refletores.
Com o ponto somado, a equipe de Zimmermann chega aos 12 no Gauchão e ocupa o 8º lugar, último da zona de classificação à próxima fase. O clube da Baixada, inclusive, só fica atrás do Noia pelo número de vitórias. No domingo de Páscoa (27), o Brasil volta a campo a partir das 19h, quando recebe o São José no Bento Freitas.
Gramado impede criação de ambos os lados
Os 45 minutos iniciais reservaram apenas dois lances de perigo. Desde o princípio, o Brasil dava mostras de que um empate o satisfaria. Prova disso era a demora de Martini para repor a bola quando tinha a posse. A primeira finalização da partida foi dada por Gustavo Papa, aos oito minutos.
Aos 10, surgiu a grande chance dos donos da casa. Em cruzamento de Juninho, Neto dominou tirando a zaga e ficou frente a frente com Eduardo Martini. Bem posicionado, o goleiro xavante operou bela defesa para manter o placar zerado. Na sobra, o mesmo Neto chutou de novo, só que para fora.
Três minutos mais tarde, foi a vez do Rubro-Negro quase inaugurar o marcador. Em falta lateral, Diogo Oliveira levantou e Felipe Garcia surgiu sozinho na pequena área. No entanto, o camisa 7 deixou a bola passar e não aproveitou a oportunidade de colocar o Brasil na frente.
A partir daí, as duas equipes tinham estratégia clara: o passe longo. O time de Zimmermann buscava as jogadas laterais, principalmente com Nathan, substituto de Ramon. Por outro lado, o Anilado tentava acionar o centroavante Kiros em todos os lances. Várias situações foram a tônica da etapa inicial, como as faltas de ataque, por exemplo. Desta forma, o primeiro tempo acabou em 0 a 0.
Gols: os diferenciais da etapa final
Com a chuva menos rigorosa, os 22 atletas voltaram dos vestiários. O que até os 11 minutos era um embate muito feio ganhou beleza devido a Felipe Garcia. O camisa 7 xavante pegou a bola no meio do gramado e foi, aos trancos e barrancos, conduzindo até a área. Na cara de Bruno Fuso, foi atropelado por Amaral. Na cobrança do pênalti, bem marcado por Anderson Daronco, Gustavo Papa deslocou o goleiro acertando a parte lateral da rede do canto esquerdo: 1 a 0.
Em potente finalização de fora, Kiros exigiu defesa firme de Martini. O técnico Gerson Gusmão, do Novo Hamburgo, trocou o volante Amaral pelo atacante Zulu. A alteração deixou clara a intenção dos donos da casa: se valer das bolas aéreas. E deu certo. Aos 22 minutos, Kiros escorou levantamento na direção de Saldanha. O jogador do Anilado dominou e, em dividida com Weldinho, tocou para as redes do arqueiro xavante: 1 a 1.
Aos 33, Fernando Cardozo derrubou Kiros na entrada da área. Antes de cobrança da perigosa falta frontal, porém, três dos quatro refletores do Estádio do Vale se apagaram e comprometeram por completo a iluminação da casa azul e branca. Cerca de 25 minutos depois, o jogo recomeçou e a cobrança da falta aconteceu. Kiros mandou forte, por baixo, para linda defesa de Martini.
O Brasil ainda teve chance em cobrança de falta de Diogo Oliveira, que bateu fraco fazendo com que Bruno Fuso caísse para espalmar. Depois, nada aconteceu. Um ponto para cada lado e uniformes encharcados.
FICHA TÉCNICA
Novo Hamburgo: Bruno Fuso; Celsinho, Diego Macedo, Ricardo Schneider e Jonathan; Amaral (Zulu), Neto, Juninho (Mazinho), Anderson Paraíba (Robinho) e Saldanha; Kiros.
Brasil: Eduardo Martini; Weldinho, Cirilo, Fernando Cardozo e Brock; Leandro Leite, Washington, Felipe Garcia, Diogo Oliveira (Galiardo) e Nathan (Nena); Gustavo Papa.
Cartões amarelos: Saldanha (NHA); Cirilo e Leandro Leite (BRA).
Arbitragem: Anderson Daronco, auxiliado por Lúcio Flor e Tiago Diel.