Martini e Diogo Oliveira ressaltam importância de começar bem na Série B

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Tudo é Série B no Bento Freitas. E não poderia ser diferente. Após alguns dias de descanso depois da eliminação da Copa do Brasil para o Atlético-PR, os atletas xavantes se reapresentaram na Baixada para começar os trabalhos com somente um foco: a segunda divisão nacional.

Há menos de um mês da estreia contra o Paraná (dia 14 de maio, um sábado, às 16h20 em Pelotas), Eduardo Martini e Diogo Oliveira concederam entrevista coletiva na sala de imprensa da casa vermelha e preta.

DIOGO

O camisa 10 iniciou repercutindo os elogios que tem recebido nesta temporada: ”Fico feliz por conseguir manter uma regularidade. No começo do ano eu dizia que meu entusiasmo estava muito grande, ainda maior que ano passado”. Sobre o elenco, Diogo disse: ”Esse grupo conquistou o acesso. Nada mais justo do que participar daquilo que conquistamos”.

Uma das pautas que virou rotineira é a que debate o potencial do atual plantel xavante. ”As pessoas acham que nosso elenco nunca participou de campeonatos desse nível. Digo que 90% dos atletas já disputaram torneios dessa qualidade… nosso grande diferencial é que quando participamos de jogos de alto nível, atuamos bem”, analisou o meia.

Nas campanhas do Gauchão em 2014 e 2015 assim como nas séries D e C dos mesmos anos, o Rubro-Negro arrancou com tudo. Para Diogo, é fundamental: ”Seguiremos pensando partida por partida e querendo começar bem, porque um bom início faz com que os adversários enxerguem de outra maneira o time do Brasil. Quando você inicia bem, tem bons jogos e o resultado vem, as coisas fluem naturalmente. Quando as derrotas aparecem, vem a pressão”.

A respeito do modelo de jogo sem um centroavante, o maestro afirmou: ”Os dois esquemas encaixam bem (com e sem referência), nosso time é acostumado a jogar com um homem mais fixo. Depois, o Marcos Paraná entrou muito bem como falso 9 e todo mundo se adaptou”. ”Enfrentamos equipes da Série A e fomos muito bem, mostramos maturidade e que podemos medir forças com qualquer um, tanto aqui na Baixada como fora”, encerrou.

MARTINI

Para o camisa 1, é preciso olhar para frente: ”Ano passado teve sua história. Não podemos achar que somos os donos disso. Fomos remunerados para desempenhar nosso papel. A evolução do clube é natural e tem sido progressiva ao longo do tempo. Se não acompanharmos, ficaremos na história e não participaremos mais das próximas páginas do Brasil”.

Assim como os companheiros costumam salientar, Martini assegurou que o Xavante visa se manter na segunda divisão nacional: ”O primeiro objetivo é ganhar o maior número de pontos no começo para administrar uma competição tão longa. Já joguei Série B e precisamos de um pouco mais de 40 pontos para garantir permanência. Não sabemos quando vamos atingir essa pontuação. Se conseguirmos, depois pensamos em novos horizontes”.

O tema da nova movimentação ofensiva colocada em prática ao longo do Gauchão foi elogiado pelo goleiro: ”Comento às vezes com amigos meus que essa será a tendência do futebol daqui para a frente. Não vai demorar para o camisa 9 específico entrar em extinção. Obviamente a função é sempre importante para decidir jogos em bola parada ou em momentos nos quais não se consegue criar. Acredito que atletas mais flutuantes e leves devem ganhar mais espaço”.

Há dois anos sendo o guardião da meta vermelha e preta, Martini ressaltou a importância da Baixada no começo da caminhada: ”É um grande trunfo. Precisaremos muito, em todos os momentos, do nosso torcedor. Passamos por dificuldades nesse ano e eles estavam junto”.

Para encerrar, ele discorreu sobre o processo de reconstrução do estádio: ”Felicidade muito grande saber que houve momentos difíceis e que conseguimos vencê-los. O episódio da queda da arquibancada foi muito triste. Sabemos o quão complicado e burocrático foi para chegar até esse momento. Seria muito interessante ver a obra finalizada”.