Estive ontem em Marau, onde o Caxias enfrentou o FC Marau pela Divisão de Acesso – empate por 1X1. Não vou analisar a estrutura acanhada do Estádio Carlos Renato Bebber para a torcida e imprensa, pois acho que embora acanhado o local atende a demanda. Mas acho que o principal, a estrutura para os jogadores – vestiário e campo de jogo – deixa muito à desejar. O gramado, principalmente, é lamentável. Muito barro, irregularidades no terreno – que faz a linha central parecer em zig-zag – e uma grama jardim em péssimo estado. Assim é complicado jogar, ainda mais para um time mais técnico, como o do Caxias. O jogo foi fraco, como as condições permitiam. Por isso não posso fazer nenhuma análise mais aprofundada quanto ao lado técnico, a não ser que foi um jogo ruim, em condições capazes de nivelar o líder e o lanterna do grupo. O negócio para o Caxias é sair da Divisão de Acesso, mas para isso terá de superar questões como a de ontem em Marau.
EXEMPLO DE BOM FUTEBOL
O São José foi muito além daquele discurso de que no Gauchão, ganha quem tem mais vontade, mais força e mais garra. O time da zona norte de Porto Alegre dominou taticamente o Internacional, jogou mais futebol diante de um time que investe bem mais. O Zequinha marcou de forma impecável, e anulou as jogadas perigosas que o colorado tem como forte pelas laterais. Ainda por cima levou muito perigo nos contra-ataques, deixando de vencer o jogo. Foi um grande exemplo para o Juventude, que nesta semana terá pedreira semelhante pela frente, diante do Grêmio.
APITO AMIGO. OU INIMIGO?
Daniel Nobre Bins foi o juiz de Internacional X São José. Não foi mal intencionado, aliás nem acredito muito em árbitro que erra de forma premeditada. Mas foi o retrato de um juiz que apita o confronto de um time pequeno contra um time grande. Amedrontado, na dúvida marca sempre em favor do time grande, afinal de contas, o que vão dizer se errar contra o grande? Qual vai ser a repercussão se prejudicar o time grande? Geladeira? Fim da carreira? Carimbo de mau árbitro? Eles não querem correr este risco. Sasha simulou um pênalti, numa falta que se tivesse ocorrido seria fora da área, e o juiz para não se complicar marcou a penalidade máxima. Erro grotesco, que só não foi maior porque o goleiro defendeu. Todo este medo dos árbitros gaúchos me envergonha, mas acima de tudo prejudica muito o futebol do interior – o Zequinha é o interior dentro da capital – e aumenta ainda mais uma distância que já é imensa.
ESPERTO É O SÃO PAULO
Enquanto o Brasil parava para acompanhar a transmissão da votação do impeachment na Câmara dos Deputados, o tricolor do Morumbi protagonizou um papelão! Levou 4×1 do Osasco Audax e foi eliminado nas quartas de final do Paulistão. Perder para um time bem montado e que faz boa campanha, embora surpreendente não é proibido. Mas convenhamos, ser goleado e humilhado já é demais. Parabéns aos envolvidos!
BOA SEMANA!