Em momento algum esperava-se jogo fácil diante do Grêmio. E não foi! O jogo teve requintes de crueldade com o torcedor jaconero, foi sofrimento do início ao fim. O Juventude tomou gols no começo do primeiro e do segundo tempo, justamente quando o mais recomendável era segurar o momento de maior pressão. Mas teve alguns pilares, Elias – um capitulo à parte – Roberson, que está se constituindo num grande jogador neste momento de definição; Wanderson, que desta vez fez valer a sua experiência e deu a segurança em frente a área; Klaus e Heverton, que no jogo de ontem realizaram o melhor dueto defensivo – já que nos últimos jogos, apenas Klaus estava realizando grandes atuações. Que o Grêmio iria pressionar, amassar e tentar de todas maneiras marcar os gols que necessitava, todo mundo sabia. Não foi novidade. A dúvida era até quando o Juventude resistiria, pois resistiu até o fim. Foi bravo! Heroico! Espartano! Guerreiro! Como queiram… Segurou um time de Libertadores, que possui um investimento muito maior. O negócio agora é comemorar o feito alcançado, mas só no dia de hoje, pois amanhã precisa pensar no jogo de volta contra o Tocantinópolis na Copa do Brasil – e já projetando a decisão contra o Internacional, definindo as estratégias – poupar jogadores? Quantos? Quais? A decisão do Gauchão é a prioridade, lógico, mas avançar na Copa do Brasil pode ser muito rentável.
ELIAS APOTEÓTICO
Fazia tempo que eu não via um goleiro jogar tanto quanto Elias está jogando pelo Juventude. Ele está sendo soberbo. Aos 20 anos, ele tem maturidade de veterano. Possui DNA de vencedor, era um dos mais indignados com a queda de rendimento que o Juventude apresentou na primeira fase. Vale lembrar que até o ano passado era o terceiro goleiro do verdão. Quando Airton e Diego foram negociados – quase no mesmo tempo – sobrou pra ele segurar a bronca, fez um bom Brasileiro da série C, e agora, um espetacular Gauchão. Ontem se constituiu numa muralha, e mesmo tendo sofrido 3 gols, ele fez defesas importantes e até milagrosas, segurando o resultado para o Juventude. Elias Martello Curzel, um jovem, grande goleiro.
O JUIZ FOI BEM
Já que critico quando não gosto das arbitragens, preciso ser justo. Ontem o árbitro Jean Pierre Gonçalves de Lima fez uma arbitragem impecável. Marcou o que deveria marcar, deu os cartões aplicando a regra do jogo, os acréscimos foram condizentes com o que se viu na partida, enfim, exemplar.
O INTERNACIONAL MERECEU A VAGA NA FINALÍSSSIMA
Mesmo que se fale de alguns erros de arbitragem em seu favor, ninguém pode deixar de considerar justa a classificação do Inter. Nos 180 minutos, foi o time que mais procurou jogar. Que mais buscou a vitória, e só por isso acabou se classificando. O São José fez ótima campanha, é o campeão do interior – mesmo com o Juventude no mínimo vice-campeão gaúcho – mas no duelo contra o colorado, acabou se preocupando muito mais com a marcação – que aliás fez com maestria – e acabou deixando o seu jogo para segundo plano. Teve poucas possibilidades de vencer, mesmo que também não tenha corrido muitos apuros no decorrer do confronto.
BOA SEMANA!