Autores dos gols contra o Bragantino, Garcia e Ramon repercutem vitória e visam jogo em Goiás

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O triunfo conquistado ontem sobre o Bragantino já é passado. Na tarde desta quarta (25), o grupo do Brasil se reapresentou. Também hoje, a delegação partiu para Porto Alegre. Amanhã será iniciada nova viagem para o centro-oeste. O duelo diante do Goiás, marcado para às 20h30 de sexta (27) é válido pela quarta rodada da Série B, acontecerá no estádio JK, em Itumbiara, visto que o Esmeraldinho cumpre perda de mando de campo e não pode atuar no Serra Dourada.

Principal destaque até o momento, Felipe Garcia conversou com a imprensa antes do treinamento. A respeito da situação na tabela, ele disse: ”Queríamos ter nove pontos, mas seis nos servem. O campeonato é muito longo, então qualquer ponto conquistado é comemorado. O fator local está pesando”.

Para o camisa 7, a boa preparação tática é fundamental para os bons resultados: ”Há um padrão de jogo. No Gauchão, também fizemos gols em casa logo no começo, como contra Ypiranga e Veranópolis. Atuamos assim, marcando bastante e agredindo o adversário quando temos a bola. Treinamos diversas estratégias para estamos preparados durante as diferentes situações das partidas. O entrosamento ajuda para realizarmos movimentações distintas também”.

Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil
Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil

Indagado sobre os gols anotados, Felipe contemporizou quanto ao ingresso na zona perigosa: ”Pisar na área para concluir é algo que todo jogar se cobra. Não é só por atuarmos com um falso nove (Marcos Paraná). Com Nena ou Papa, sempre busquei estar ali para finalizar. Acredito que evoluí bastante, mas desde que cheguei aqui fui orientado a fazer essa movimentação”.

Fizemos um jogo muito competitivo ontem, como sempre. Projetar é difícil. Vamos viajar e estudar bem o Goiás para conseguirmos pontuar lá. A comissão técnica tem uma logística preparada para que, nos jogos, possamos desempenhar o que treinamos, com a mesma intensidade”, afirmou Garcia.

O outro atleta que concedeu entrevista coletiva no dia posterior à mais uma vitória na segunda divisão nacional foi Ramon. O camisa 9, responsável por um gol e uma assistência contra o Massa Bruta, analisou diversos aspectos do atual panorama vermelho e preto.

Objetivo, o atacante comentou a respeito da maior qualidade do campeonato brasileiro em relação ao Gauchão: ”Acho que a diferença técnica é relevante. Porém, no meu ponto de vista, o jogo em si é diferente também. Há mais espaços em campo, conseguimos trabalhar mais a bola. As equipes do interior do estado faziam guerras aqui. Na Série B, os adversários querem jogar e não só se defender”.

Sobre o lance do tento feito ontem, ele contou: ”A movimentação foi um pouco espontânea. Eu tinha tudo para bater de esquerda, mas, conforme a condução, a bola ficou melhor para a direita. Pode ter pegado o Felpe (goleiro do Braga) de surpresa. Vi que ele estava fechando meu ângulo. Fui surpreendido porque achei que poderia pegar”.

Para Ramon, o gol de fechamento do placar se deu em momento vital do confronto: ”No intervalo, acertamos algumas coisas e a pauta foi isso: fizemos o 1 a 0 mas eles tiveram bola na trave. Precisávamos liquidar a partida. O objetivo era voltar e tentar marcar o segundo gol para ficar tranquilo. Aconteceu isso. Foi meio que um banho de água fria neles”.

Ramon bateu cruzado para vencer Felipe (Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil)
Ramon bateu cruzado para vencer Felipe (Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil)

O velocista xavante também discorreu acerca das distintas posturas a serem adotados dentro ou longe da Baixada: ”As circunstâncias de jogos em casa e fora são diferentes. Aqui, precisamos propor, mandar, o jogo é nosso. Fora, temos que ter mais cuidado porque o objetivo de propor é deles. Lá em Goiânia estávamos atentos e por um descuido acabamos perdendo, mas pelo placar mínimo. Acho que esse é o caminho: beliscar pontos longe de Pelotas. A tendência é que a gente contra-ataque mais”.

Quanto ao rival da próxima batalha, que perdeu para o Criciúma ontem, ”Ramonstro” comentou: ”Talvez eles não estejam tão focados como nós. A cada jogo, tratamos como se fosse o último. Possivelmente o Goiás está pensando em se acertar durante o campeonato. Nós não. Como são favoritos, devem estar mais pressionados que a gente, ainda mais por virem de empate em casa e derrota fora. Pode ser algo positivo para a gente”.

Finalizando, o 9 rubro-negro aproveitou para refutar o tema do desgaste física: ”O cansaço é normal. Isso não pode ser desculpa para uma possível queda de rendimento. Isso vai afetar todas as equipes, todos os atletas. Por enquanto estou tranquilo porque está no começo. Nosso grupo é forte, tem nomes para todas as posições. Quem entrar não vai deixar cair, vai suprir da melhor forma”.

Com seis pontos em três compromissos, o Xavante ocupa a quarta colocação da Série B. No entanto, se o Bahia vencer o Joinville na noite de hoje, os comandados de Zimmermann caem uma posição.