Brasil sai na frente, mas cede empate para Goiás no segundo tempo

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O Brasil flertou com a primeira vitória fora de casa na Série B do Campeonato Brasileiro. Na noite desta sexta-feira, Felipe Garcia colocou o Rubro-Negro em vantagem sobre o Goiás no primeiro tempo, período em que Nena ainda desperdiçou uma penalidade. Na etapa final, porém,  Rafhael Lucas deixou tudo igual no estádio JK de Oliveira, em Itumbiara, na 4º rodada da segunda divisão nacional.

Dessa forma, o Xavante soma o seu sétimo ponto na competição e pula provisoriamente para a terceira colocação. O próximo compromisso vermelho e preto está agendado para as 19h15 de terça-feira (31), quando o time de Rogério Zimmermann recebe o Paysandu no Bento Freitas.

Os goianos, por sua vez, permanecem na zona intermediária da tabela de classificação, agora com cinco pontos somados. Os comandados de Enderson Moreira também voltam a atuar no mesmo dia e horário que o Xavante, quando encaram o Ceará no Castelão.

Com mudanças na escalação, Xavante abre o placar e perde pênalti pouco depois

Adepto da repetição da escalação, o técnico Rogério Zimmermann mexeu no onze inicial da sua equipe. Em relação ao triunfo vermelho e preto sobre o Bragantino, Ramon e Marcos Paraná foram substituídos por Nathan e Nena. O desenho tático, no entanto, não foi alterado: “Cachorrão” atuou como extrema pelo lado esquerdo, enquanto Nena foi a referência no ataque.

Ao soar do apito do árbitro Charles Ferreira, o Goiás logo mostrou suas armas. Buscou o campo de ataque através da bola longa e ameaçou em cobranças de faltas laterais, mas não ameaçou a meta gaúcha. A primeira chegada de perigo dos goianos se deu aos 4 minutos, mas a conclusão de Cléo desviou em Leandro Camilo e saiu pela linha lateral. A resposta  rubro-negra veio com Felipe Garcia, que dominou pela direita e inverteu o jogo para Nena, posicionado na grande área. Em ação providencial, Johnatan esticou o pé e afastou o perigo.

E foi a partir de um erro que nasceu o gol xavante. Quando o cronômetro marcava 12 minutos, Wender avançou no território de ataque e tocou para Felipe Garcia. Após a falha no domínio do camisa 7, Nena se enroscou com a defesa esmeraldina e caiu no gramado. A pelota se ofereceu para o próprio Felipe Garcia, que, cara a cara com Renan, dividiu com a zaga e inaugurou o marcador.

Felipe Garcia marca o seu quarto gol na Série B do Campeonato Brasileiro (Foto: Carlos Insaurriaga/GE Brasil)
Felipe Garcia marca o seu quarto gol na Série B do Campeonato Brasileiro (Foto: Carlos Insaurriaga/GE Brasil)

Dois minutos se passaram e o Brasil se viu diante de uma grande oportunidade de ampliar a vantagem. Em lance despretensioso, Johnatan errou o recuo para Wesley Matos e deu um presente para Nena, que não recusou o regalo. No interior da área, o centroavante serviu Nathan, que, de frente para a meta, finalizou em cima de Renan. Ainda na primeira metade do duelo, a defesa verde e branca já colecionava trapalhadas.

Pouco depois, em mais uma falha da defesa local, o Xavante teve na marca da cal a chance de ampliar a vantagem. Tudo começou com Nathan, que escapou da marcação e fez o cruzamento rasteiro. Deivid afastou para o meio, onde Diogo Oliveira foi parado com falta por Wesley Matos: pênalti e cartão amarelo para o camisa 3 do Goiás. Na cobrança. Nena bateu fraco no canto inferior direito e facilitou o trabalho de Renan, que caiu no mesmo lado e agarrou firme.

Substituto de Marcos Paraná, Nena desperdiça boa chance de ampliar a vantagem (Foto: Carlos Insaurriaga/GE Brasil)
Substituto de Marcos Paraná, Nena desperdiça boa chance de ampliar a vantagem (Foto: Carlos Insaurriaga/GE Brasil)

O Alviverde, que até então encontrava pouco espaço na faixa central do gramado e se limitava a explorar os flancos do campo – também sem sucesso -, aos poucos começou a levar mais perigo. Aos 19, Léo Sena arriscou do meio da rua e Eduardo Martini defendeu em dois tempos. Na sequência, Wendel recebeu de Rossi no bico da área e bateu torto, longe do arco vermelho e preto. Por fim, Rossi recebeu pela esquerda, puxou para o meio e finalizou colocado, sem força. O despretensioso lance assustou Martini, que, atrapalhado pelo quique da pelota, espalmou pra fora. O perigoso lance dos goianos teve início a partir de um erro de Wender, que, posicionado ao lado da bandeirinha de escanteio no terreno de ataque, tentou o levantamento na área mas pegou muito mal na bola, propiciando o contra-ataque adversário.

O final da etapa inicial foi marcado pelas chances desperdiçadas. Principalmente dos pelotenses. Aos 37, Wender cobrou o lateral na área, a zaga desviou pra trás e a bola sobrou nos pés de Nena. Quase na pequena área, o camisa 9 bateu mal e a redonda saiu pela linha de fundo. Pouco mais tarde, Diogo Oliveira foi lançado pela direita e, com muita liberdade, concluiu por cima. Na vez do Goiás, Wendel completou a cobrança de escanteio e tocou de cabeça na direção da segunda trave. Ali, Cléo escorou com o peito e obrigou Martini a intervir com precisão.

Goiás melhora e busca o empate

As equipes voltaram sem nenhuma modificação para o segundo tempo. O panorama também se manteve, com o Goiás encontrando dificuldades em trabalhar o jogo no território de ataque. Um dos raros destaques dos anfitriões na primeira metade do embate, Rossi foi deslocado para a ponta direita. E foi dali, aos 4 minutos, que o camisa 7 tentou o cruzamento na segunda trave, mas Eduardo Martini se esticou todo e evitou que a redonda chegasse em Rafhael Lucas. Léo Sena tentou aproveitar o rebote, mas a finalização foi  travada por Leandro Leite.

O cenário antes favorável ao Brasil, aos poucos, caiu por terra. O Esmeraldino cresceu na partida e trabalhou a bola com maior tranquilidade pelo meio, setor no qual o Xavante oferecia pouco espaço até então. Concomitantemente, a figura de Léo Sena se sobressaía. E foi exatamente dos pés do meio-campista que saiu o gol de empate na noite. Aos 9, o camisa 10 achou passe milimétrico para Rafhael Lucas, que ingressou na área, chutou no alto e decretou a igualdade: 1 a 1.

Principal símbolo da melhora dos goianos, Léo Sena quase colocou sua equipe em vantagem. Rossi recebeu quase no limite do campo e serviu o meio-campista, que aproveitou o espaço e, da entrada da área, soltou o pé. Atento no lance, Martini caiu no canto e fez grande intervenção. Após a jogada, o técnico Rogério Zimmermann promoveu a primeira alteração na sua equipe, com a entrada de Marcos Paraná na vaga de Nena. Dessa forma, Paraná voltou a ser a referência da equipe na linha de frente.O campo de ataque já não era habitado com a mesma frequência pelos atletas rubro-negros, que, em algumas ocasiões, postavam-se todos atrás da linha divisória do gramado.

Xavante cria poucas oportunidades na etapa final (Foto: Carlos Insaurriaga/GE Brasil)
Xavante cria poucas oportunidades na etapa final (Foto: Carlos Insaurriaga/GE Brasil)

Quando o cronômetro assinalava 20 minutos, uma confusão se instalou na área vermelha e preta depois da cobrança de escanteio. Na sequência, a bomba soltada por Léo Sena do meio da rua saiu perigosamente à direita da meta. Wendel também tentou no arremate de longa distância, mas Martini operou mais uma grande defesa e espalmou em escanteio. Nesta altura do noite, Nathan já havia deixado o jogo para o ingresso de Ramon, que também teve como habitat o corredor esquerdo. Mais tarde, Diogo Oliveira foi sacado para a entrada de Marcão, que passou a ocupar o lado direito, o que implicou no deslocamento de Felipe Garcia para o centro.

Os minutos se passaram e as oportunidades de gol se tornaram escassas. O Alviverde já não tinha o mesmo ímpeto de outrora, enquanto o Brasil, aparentemente satisfeito com o placar, pouco se aventurava no ataque. Já nos lances derradeiros, o Esmeraldino explorou o jogo aéreo, mas não gerou nenhum perigo para Martini. O Xavante, por sua vez, chegou com Ramon. Já nos acréscimos, o ponta completou o promissor contra-ataque com um chute fraco pela linha de fundo. Após o lance, até havia tempo para mais chegadas, mas o empate prevaleceu até o apito final do árbitro Charles Ferreira.

Goiás: Renan; Johnatan (Sueliton), Wesley Matos, Deivid e Jefferson; Willian (Ramires), Wendel e Léo Sena; Rossi, Cléo (Wagner) e Rafhael Lucas. Técnico: Enderson Moreira.

Brasil: Eduardo Martini; Wender, Cirilo, Leandro Camilo e Marlon; Leandro Leite e Washington; Felipe Garcia, Diogo Oliveira (Marcão) e Nathan (Ramon); Nena (Marcos Paraná). Técnico: Rogério Zimmermann.

Cartões amarelos: Wesley Matos, Nathan, Felipe Garcia, Leandro Leite

Arbitragem: Charles Hebert Cavalcante Ferreira (AL), auxiliado por Rondinelle dos Santos Tavares (AL) e Ciro Chaban Junqueira (AL).