Foi por pouco, mas o Brasil não conseguiu voltar para Pelotas com ao menos um ponto na bagagem. Jogando no Serra Dourada, em Goiânia, o Xavante perdeu por 1 a 0 para o Atlético-GO, pela segunda rodada da Série B. Aos 37 minutos da etapa final, Alisson bateu de longe e anotou o gol decisivo.
Com o resultado, os comandados de Rogério Zimmermann (há exatos quatro anos na Baixada) estacionam nos três pontos e dividem, momentaneamente, a sexta posição com o Bahia, que entra em campo amanhã. Por outro lado, o Dragão é líder provisório do campeonato com 100% de aproveitamento.
Não há tempo para lamentações no Bento Freitas. Na próxima terça-feira (24), novo compromisso pelo Brasileirão: a partir das 19h15, o Bragantino é o rival. No mesmo dia e horário, o Atlético-GO visita o Ceará no Castelão.
Chutes de fora marcam a etapa inicial
Escalado com os mesmos titulares da vitória diante do Paraná, o Brasil começou o duelo adiantando a marcação e obrigando o goleiro Klever a tocar bastante na bola. O equilíbrio era a tônica. Aos 16 minutos, Martini caçou borboleta em cruzamento de Matheus Ribeiro e a bola assustou os xavantes.
Depois de período com muitos passes errados, o Rubro-Negro ameaçou com quase meia hora de jogo. Saindo da referência em direção à intermediária, Marcos Paraná arrematou de longe. Mesmo com o quique da redonda, Klever defendeu em dois tempos. Sem espaço cedido pelos sistemas defensivos, a saída parecia bater de fora da área. Em pancada de Michel, Martini voou para espalmar e salvar o Brasil.
Disparadamente, a melhor oportunidade vermelha e preta no confronto aconteceu aos 44 minutos do primeiro tempo. Felipe Garcia tocou para Ramon, que acionou Marlon. Com liberdade, o lateral-esquerdo conduziu e, do bico da área, soltou um foguete no alto. Atento, Klever executou belíssima intervenção e garantiu o marcador zerado.
Brasil se segura, mas na reta final é vazado
Após a volta dos vestiários (com as equipes sem alterações), o panorama do embate era parecido. Logo de cara, o zagueiro Marllon aproveitou cobrança de escanteio feita por Romário e testou por cima da meta. Em seguida, o volante Michel finalizou novamente. Depois de limpar a marcação, o chute de perna esquerda saiu à direita de Eduardo Martini.
Aos 12, de falta, o camisa 1 rubro-negro foi exigido novamente. O lateral-esquerdo Romário bateu falta com categoria e o arqueiro teve que buscar perto do ângulo esquerdo. Em meio à pressão dos mandantes, o técnico Marcelo Cabo promoveu a entrada de Caion, ex-Cruzeiro/POA, na vaga de Magno, com passagem pelo Brasil. No primeiro lance depois da modificação, Romário ergueu e Viçosa cabeceou entre os zagueiros xavantes, mas alto demais.
Tentando estancar o ímpeto adversário, Zimmermann trocou Felipe Garcia por Marcão. O recém-chegado, assim como outros atletas com a mesma característica, passou a ser utilizado pelo flanco direito. Exagerando nos lançamentos longos, o Brasil quase inaugurou o placar aos 23 minutos. Diogo Oliveira recebeu arremesso lateral de Marlon na intermediária e, com liberdade, chutou forte. Mais uma vez bem posicionado, Klever espalmou.
Já na metade final do segundo tempo, os treinados mexeram novamente. Cabo realizou uma substituição vital ao mandar Alisson a campo no lugar de Gilsinho. Rogério também mudou uma peça: sacou Ramon para ingresso de Nathan. Quando o Dragão caiu de produção, Nena entrou na vaga de Marcos Paraná. Nos donos da casa, Matheus Ribeiro por Caíque.
Não demorou praticamente nada para o Atlético marcar. Aos 37 minutos, Alisson arriscou de longe, Martini falhou e a bola morreu nas redes: 1 a 0. Impactado pelo gol sofrido, o Xavante não conseguiu tramar nenhum lance perigoso no ataque. Tranquilo, o Rubro-Negro de Goiás apenas evitou correr maiores riscos. Com isso, no detalhe, saiu vencedor no Serra Dourada.
FICHA TÉCNICA
Atlético-GO: Klever; Matheus Ribeiro (Caíque), Marllon, Lino e Romário; Pedro Bambu, Michel, Gilsinho (Alisson), Magno (Caion) e Luiz Fernando; Junior Viçosa. Técnico: Marcelo Cabo.
Brasil: Eduardo Martini; Wender, Cirilo, Leandro Camilo e Marlon; Leandro Leite, Washington, Felipe Garcia (Marcão), Diogo Oliveira e Ramon (Nathan); Marcos Paraná (Nena). Técnico: Rogério Zimmermann.
Cartão amarelo: Wender.
Arbitragem: Caio Augusto Vieira (RN), auxiliado por Lorival Candido das Flores (RN) e Lucas Costa Modesto (DF).