Na véspera de Brasil x Paysandu, Zimmermann projeta duelo e analisa momento xavante

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O começo de Série B vem sendo ótimo para o Brasil. Após quatro compromissos, o Xavante ocupa a quarta colocação do campeonato, com sete pontos conquistados. Finalizado o empate em 1 a 1 com o Goiás, o pensamento no Bento Freitas está voltado ao embate diante do Paysandu, nesta terça (31). Na tarde de hoje, véspera da partida, Rogério Zimmermann conversou com a imprensa a respeito do atual momento e da sequência do torneio.

Sobre o desempenho apresentado até aqui, o técnico disse, otimista: ”Gostei que fomos regulares. Não fizemos nenhuma grande partida, mas nenhuma ruim. O Brasil até agora mantém o padrão de regularidade que sempre vimos. Como o campeonato pede isso, fico animado. Enfrentamos quadro rivais tradicionais e tivemos atuações boas, os jogadores estão perto do potencial máximo”.

Apesar de o Rubro-Negro integrar o G4, Rogério preferiu manter os pés no chão como de costume e citou um exemplo para embasar a tese: ”O nível técnico de Vasco x Bahia, por exemplo, é bem superior, parece Série A. O Brasil faz parte de um bloco intermediário. Hoje estamos entre os quatro mas é uma coisa que pode ser ilusória. O ponto que conquistamos agora não é para estar no G4, mas sim para permanecer na Série B”.

No duelo em Itumbiara, pela primeira vez na competição houve modificação nos titulares do time. Ramon e Marcos Paraná viraram opções no banco de reservas. ‘‘Nena e Nathan entraram bem, fizemos um grande primeiro tempo. Preciso pensar se dou maior sequência a eles ou volto com a formatação inicial. Não é uma decisão tomada com grande antecedência. Me baseio na observação dos treinos”, afirmou o comandante.

Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil
Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil

Nos dois compromissos em casa, o Xavante abriu o placar logo cedo e passou a explorar contragolpes em velocidade. Teve êxito. Quanto a isso, Zimmermann preferiu desconversar: ”É muito difícil prever. As situações de jogo não são predeterminadas. Sempre faço as mesmas palestras. Qualquer equipe do planeta que está em desvantagem recua um pouco e o perdedor ataca. Se as circunstâncias oferecerem, o Paysandu vem e nos amassa como amassamos o Goiás no começo”.

Vice-artilheiro da segunda divisão nacional (atrás somente de Nenê, do Vasco), Felipe Garcia recebeu elogios do treinador: ”Com o passar do tempo, o jogador vai se soltando. Às vezes, é só uma coincidência, chega uma fase artilheira. Até pelo tempo que está aqui, talvez ele esteja fazendo uma leitura melhor sobre posicionamento. Os gols que ele fez foram com chegadas de trás. Há a questão da confiança também”.

O equilíbrio da Série B foi outro destacado por Rogério: ”Nesse campeonato, você ganha e perde pontos, tanto dentro como fora. Temos que estudar os adversários, analisar e somar o maior número de pontos possível. Por enquanto, todos estão muito próximos. A diferença de pontuação em quatro rodadas não nos faz pensar que vamos disputar em cima ou embaixo”.

As contratações também fizeram parte da coletiva do técnico rubro-negro. ”Eu gostaria de começar a competição com o grupo fechado. Sempre é bom contratar com a maior antecedência possível, mas não temos pressa. O atleta que chega precisa se ambientar com tudo: cidade, metodologia de treino, parte tática, morar na cidade, trazer a família… Temos que ter certeza e achar o nome certo, tendo em vista a realidade financeira, a característica, o custo-benefício…”, analisou.

POSSÍVEIS SAÍDAS E UMA CHEGADA

Os contratos de Evaldo e Ricardo Bierhals se encerram amanhã, dia 31. Segundo Zimmermann, uma conversa interna decidirá o rumo dos dois zagueiros, que sequer têm figurado no banco de reservas xavante.

Enquanto isso, o volante Nem deve ser anunciado nos próximos dias. Há mais de uma semana treinando na Baixada, o atleta, que chega do Figueirense, ainda não foi confirmado devido a problemas burocráticos.