Opinião: A matemática grená não é o maior problema

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CaxiasAo observar com frieza a tabela de classificação do grupo D, da Divisão de Acesso, a situação do Caxias ainda segue muito favorável. Em segundo lugar no grupo, empatado em pontos com o Esportivo, o Caxias ainda fará dois jogos nesta fase – o último em casa, contra o lanterna Tupi – e é pouco provável que não obtenha ao menos 3 pontos, fazendo com que o time de Bento Gonçalves (que só joga mais uma vez) tenha que tirar uma vantagem de cinco gols de saldo, em favor do Caxias. A classificação do Caxias está muito bem encaminhada, mas confesso que nessas alturas, esperava um pouco mais de tranqüilidade. O Caxias poderia ter garantido a classificação diante do Esportivo semana passada, não conseguiu e ainda deu vida ao adversário direto. Certamente precisará jogar com a corda esticada até a última rodada desta fase, sabendo que logo ali terá o quadrangular final do Acesso e o Campeonato Brasileiro da série D, será uma seqüência de decisões e o Caxias terá de mostrar que está pronto para decidi-las. Mais do que a tabela de classificação, me preocupo mesmo é com o estágio de evolução do time grená e o seu poder de decisão. Amanhã diante do União Frederiquense, longe de casa, poderá mostrar mais uma vez se tem farinha no saco para encarar um adversário forte fora do Centenário. Este time do Caxias é bom, quero vê-lo jogando bem e vencendo, e não com a calculadora na mão.

Reabilitação com autoridade

JuventudeO Juventude derrotou o Guaratinguetá por 5×0 no último domingo, mostrando que está maduro para não perder pontos diante de um time horroroso como o do Guará. Em outros tempos, mesmo ruim e mal treinado, o time paulista certamente dificultaria as coisas. Mas no domingo passado, foi amassado. O bom do Juventude no último jogo, foi saber que o esquema com três zagueiros deu muita liberdade aos laterais, que apoiaram livremente. Bom também saber que Fahel – estreante do final de semana – deu um toque de qualidade muito grande no time. Assim como foi bom saber que Hugo, o centroavante, pode segurar a onda na ausência de Roberson.

Fim de um ciclo

Foto: Arthur Dallegrave - Assessoria Juventude
Foto: Arthur Dallegrave – Assessoria Juventude

Pereira não é mais jogador do Juventude. É uma pena, mas o jogador que tem qualidade – apesar da idade avançada – não possui mais condições clínicas para atuar pelo verdão. Alguém do caráter e da qualidade técnica de Pereira, não merece ficar num clube como utensílio do departamento médico. Isso é injusto com sua trajetória! E claro, muito caro para o clube. Foi um final inevitável. Quem sabe agora, ele pode reescrever sua história – talvez no próprio clube – como um executivo de futebol?! Pelo que se sabe este é um projeto do xerife, que inclusive já busca qualificação nesta área para atuar quando pendurar as chuteiras. De qualquer forma, nos gramados ou nos gabinetes, desejo boa sorte em seus novos desafios.

BOA SEMANA!