Internacional e Juventude, domingo no Beira-Rio, é um jogo com favorito, lógico. O time colorado venceu o jogo de ida, semana passada, e chega mais tranqüilo para conseguir o resultado que precisa para ser campeão. Mas mesmo assim, não considero uma missão impossível para o verdão buscar uma vitória em território adversário. O Juventude possui bom time, bom técnico, bom padrão de jogo – adquirido a partir das quartas de final do campeonato – e se conseguir jogar mais do que no jogo de ida, pode conseguir a tão esperada vitória. Creio que esse seria o jogo para entrar mais ofensivo, talvez a até com mudança na escalação, mas mesmo que mantenha a nominata, pode ser mais agressivo. Lógico que o Internacional está muito bem defensivamente, mas não creio que seja intransponível. Aliás, uma dupla de zaga com Paulão e Ernando, que muito já recebeu críticas, deve ter algum ponto fraco. Um lateral fraco, como Paulo Cesar Magalhães, pode ser o caminho da roça. As ausências de Rodrigo Dourado, Vitinho e William, podem ser no final das contas o desafogo para o time alviverde. Mas acima de tudo, seja por qualquer tática ou escalação – que Antônio Carlos vai definir – o Juventude pode conquistar uma vitória – e o titulo – caso consiga produzir mais ofensivamente, em relação ao jogo de ida. Independente do resultado final, posso afirmar, este é o pior Inter (ao menos o menos favorito) dos últimos anos, e claro, este é o melhor Juventude dos últimos tempos. O que vai acontecer só saberemos domingo, mas o torcedor jaconero não precisa ficar sonhando, é só esperar que o seu time jogue!
FOCO
É importante que o Juventude não leve para o campo, a preocupação com questões alheias ao lado técnico do jogo. Mesmo depois de reclamar, até formalmente, sobre a arbitragem de Leandro Vuaden no jogo de ida, é preciso esquecer este tipo de questão e manter o foco no adversário. Já não é fácil derrotar o Inter em condições normais, imagina se antes mesmo do jogo já ficar procurando desculpas para uma eventual derrota. O jogo do último domingo faz parte do passado, e na prática, única coisa que ficou foi a desvantagem numérica à ser revertida.
RESPEITO
A principal arma do Internacional para vencer o adversário é o respeito. O colorado trata como clássico o enfrentamento diante do Juventude, e em momento algum, por mais que seja, assumiu o posto de favorito. Sempre que pode, exalta os pontos fortes do time alviverde. Bem diferente da postura adotada pelo maior rival, que mesmo tendo o melhor time no papel, acabou sendo eliminado. Respeitar o time adversário faz parte do “bê-a-bá” do futebol, e quem sabe disso, já arranca em vantagem.