Lógico que todos os times entram em qualquer disputa visando o ponto máximo, um titulo. E quando chega-se numa decisão, por óbvio, é necessário lutar até o último minuto. Mas inegavelmente enquanto houver este abismo financeiro separando a dupla Grenal dos clubes do interior, é muito difícil sonhar com o titulo. Chegar numa final de campeonato já é um feito! Pode parecer pouco, mas não é. Quando um time do interior chega na decisão, ele suplanta pelo menos um time da elite que gasta até 10 ou 20 vezes mais, que o seu orçamento. Isso só se faz com trabalho sério e comprometido, mas em algum momento a melhor estrutura e as alternativas de elenco, acabam desequilibrando. A qualidade paga a conta, no final. Por isso em vez de ficar procurando motivos para a derrota na final do Gauchão, sugiro ao torcedor do Juventude que celebre a boa campanha do time e vislumbre o restante de um ano que ainda pode ser muito feliz.
PRÓS E CONTRAS
Após uma grande campanha, como a do Juventude no Campeonato Gaúcho, duas leituras podem ser feitas. A primeira delas, é que o time tem qualidade o suficiente para conseguir o tão esperado acesso à série B do Campeonato Brasileiro. E segunda, e mais alarmante, é que o elenco está valorizado e vai receber assédio de outros clubes. Gente de divisões acima, com mais poder financeiro, poderá querer levar os destaques do verdão. Por isso neste momento, o mais importante será ver como o Juventude vai conseguir resistir à estas investidas, que certamente terá em seus atletas. Penso que nem todos vão permanecer no Alfredo Jaconi, mas se conseguir manter ao menos o nível de qualidade, mesmo com outros nomes, para o Brasileiro da série C, o alviverde é sério candidato ao caneco.
COMEÇOU O CAMPEONATO
O Caxias começou, agora de fato, a disputa da Divisão de Acesso. Foi na segunda rodada, da segunda fase, em que o clube encontrou uma forte marcação do União Frederiquense e conquistou a vitória às duras penas. Aos poucos, o Caxias sofre as conseqüências de ser o time de melhor campanha da competição. Se pela grandeza, já era o time à ser batido, agora isto se potencializou. Pois a principal referencia grená, já não é mais a sua camiseta, e sim o bom time que possui. Time este, que agora passa a ser bem marcado, e precisa mostrar suas alternativas de jogo. Clebinho, continua sendo ótimo, mas não tem tido espaço pra jogar. Cleiton é quem está se saindo melhor deste bloqueio adversário, e hoje, é de seus pés que nascem as principais jogadas ofensivas do Caxias. Mas a principal arma chama-se: Jajá. Goleador, oportunista, matador, ou todos os adjetivos que queiram usar para um bom camisa nove. Quando a marcação adversária é competente, quando o bloqueio é forte, ele está pronto para se aproveitar de qualquer erro individual adversário para deixar a sua marca, o gol. Foi assim que o Caxias venceu o União, sábado passado. E agora muitas vezes o time da serra terá adversários assim, fechados, retrancados, enfim, dispostos a tudo para faturar pelo menos um pontinho diante do grená do povo. Sendo assim, aumenta a dificuldade, novos jogos duros – como o de sábado – vão acontecer. O importante é superar as adversidades e seguir pontuando. Começou a peleia!
BOA SEMANA!