Felipe Garcia marca nos acréscimos e Brasil vence Tupi

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A partida se encaminhava para um empate amargo na tarde fria deste sábado (11) no Bento Freitas. Aos 46 minutos do segundo tempo, porém, brilhou a estrela de Felipe Garcia mais uma vez. O Brasil bateu o Tupi por 1 a 0 pela oitava rodada da Série B do Brasileirão e reencontrou o caminho das vitórias.

Com o resultado, o Xavante somou o seu 14º ponto e subiu provisoriamente para a quinta posição na tabela de classificação, podendo ser ultrapassado pelo Ceará, que, a partir das 21h de hoje, visita o Luverdense no Passo das Emas. E é justamente contra o Vovô o próximo compromisso do time do técnico Rogério Zimmermann: a partida se dá na próxima terça-feira (14), às 21h30, no Castelão.

O Galo Carijó, por sua vez, estacionou nos três e se manteve zona de rebaixamento, na última posição. Os comandados de Estevam Soares também voltam a atuar na terça-feira, quando recebem o Luverdense em Juiz de Fora a partir das 19h15.

Foto: Carlos Insaurriaga/G.E. Brasil
Foto: Carlos Insaurriaga/G.E. Brasil

Etapa inicial parada e sem gols

O cronômetro marcava dois minutos quando o Brasil esboçou a primeira finalização da tarde, mas a bola chutada por Marlon desviou na zaga e ficou sob domínio mineiro. Neste princípio de disputa o Tupi já dava mostras de que julgava o empate um bom resultado. Prova disso era Rafael Santos. A cada tiro de meta ou falta no campo de defesa, o goleiro demorava todo o tempo possível para fazer a reposição.

Foi da movimentação de Marcos Paraná como falso 9 que nasceu a primeira boa chegada do Xavante. Aos 8, ele acionou Diogo Oliveira no corredor direito. No interior da área, o camisa 10 buscou a assistência para Ramon, que disputava espaço entre os defensores rivais, mas a pelota foi tocada às costas do extrema. Na sequência, Weldinho arriscou do meio da rua e por pouco não acertou o ângulo da meta visitante.

Foto: Carlos Insaurriaga/G.E. Brasil
Foto: Carlos Insaurriaga/G.E. Brasil

O Tupi até reteve a redonda no território de ataque, mas arquitetou poucas jogadas de perigo. Aos 16, o misto de cruzamento e conclusão do bico da área feito por Henrique teve como destino o lado externo da rede. O Galo Carijó ainda levou um susto quando Ramon recebeu com liberdade na grande área e, sem deixar a redonda cair, concluiu torto, à esquerda do arco. O camisa 9, no entanto, já havia sido flagrado em impedimento. Com dificuldades em penetrar na área rubro-negra, o jeito era arriscar de longa distância. Aos 22, Bruno Costa achou espaço na intermediária e armou o chute, sem muita força. No centro da goleira, Martini agarrou firme.

Depois do lance, as oportunidades rarearam. Os frequentes erros de passe na faixa central do gramado e na intermediária de ataque geraram impaciência na torcida xavante. Ramon tentou mudar o panorama em duas ocasiões: na primeira, o arremate de longe carimbou Heitor no meio do caminho. Já aos 38, ele completou sem força o levantamento de Weldinho e praticamente recuou para Rafael Santos. Na última tentativa da etapa inicial, Marcos Serrato ficou com o rebote da bola afastada por Leandro Camilo e finalizou de primeira. O arremate, contudo, foi muito longe do alvo.

Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil
Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil

Jogo segue morno, mas Garcia brilha e dá vitória ao Rubro-Negro nos acréscimos

O Brasil voltou para o segundo tempo com a mesma formação. A postura, porém, parecia outra. Antes do primeiro minuto se completar, Felipe Garcia arrancou e cruzou para Ramon. O ponta até se livrou de Rafael Santos, mas perdeu ângulo. A solução, então, foi o cruzamento para Marcos Paraná, mas a pelota tocada com muita força passou por toda a extensão da área sem que ninguém a empurrasse para o barbante. O Tupi respondeu com Thiago Silvy, que, pelo lado esquerdo, de fora da área, bateu colocado sobre a meta.

A amostragem agressiva dada pelo Xavante foi curta. Os erros de passe voltaram a aparecer e as tentativas individuais exitosas foram escassas. Diante desse cenário, o técnico Rogério Zimmermann promoveu a primeira substituição na sua equipe, com a entrada de Nathan na vaga de Marcos Paraná. Com a mudança, Ramon passou a atuar como referência, mais centralizado, enquanto “Cachorrão” teve como habitat o corredor esquerdo.

Quem cresceu no embate, entretanto, foram os visitantes, que em um intervalo de três minutos emplacaram três finalizações. A primeira delas saiu dos pés de Recife, que, de fora da área, mandou por cima, sem sustos. Na sequência, Henrique buscou o fundo do campo e serviu Vinícius Kiss. No interior da área e com muita liberdade, o meio-campista completou de primeira e também encobriu a goleira. Por fim, Martini foi obrigado a trabalhar. O arqueiro espalmou o chute desferido por Bruno Costa e contou com a ação da defesa, que afastou o perigo.

Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil
Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil

O arqueiro vermelho e preto voltou a aparecer aos 22, quando Filipe Alves soltou o pé de longa distância. Martini até deu um susto no primeiro momento, mas conseguiu fazer a defesa em dois tempos. Mais tarde, Zimmermann voltou a mexer no time, com a entrada de Clebson no lugar de Diogo Oliveira. A mudança não implicou em nenhuma alteração no desenho tático, já que o estreante da tarde ocupou a mesma faixa que Diogo vinha ocupando.

Os erros de passe e a falta de criatividade persistiram. O treinador rubro-negro apostou sua última troca em Galiardo, que substituiu Weldinho e atuou como lateral-direito. Satisfeito com o resultado, o Tupi ainda levou perigo com Filipe Souza, que aproveitou o cruzamento de Henrique e cabeceou pra fora. Em meio à escassez de lances ofensivos, Clébson quase marcou em chute cruzado do bico da área, mas Rafael Santos espalmou. Nenhum atleta rubro-negro aproveitou o rebote.

Quando o empate parecia certo, Felipe Garcia entrou em ação. O relógio apontava 45 minutos quando Nathan disparou pela esquerda e foi parado com falta. Marlon levantou no meio da área e encontrou o camisa 7, que testou firme. O arqueiro ainda desviou na pelota, mas não conseguiu evitar que ela morresse no fundo das redes: 1 a 0.

Foto: Carlos Insaurriaga/G.E. Brasil
Foto: Carlos Insaurriaga/G.E. Brasil

Após o tento, o Tupi apostou suas últimas fichas na bola parada, mas não teve jeito: vitória xavante pelo placar mínimo e festa nas arquibancadas do Bento Freitas.

ficha técnica

Brasil: Eduardo Martini; Weldinho (Galiardo), Leandro Camilo, Teco e Marlon; Leandro Leite e Washington; Felipe Garcia, Diogo Oliveira (Clebson) e Ramon; Marcos Paraná (Nathan). Técnico: Rogério Zimmermann.

Tupi: Rafael Santos; Henrique, Heitor, Hélder e Bruno Costa; Recife, Rafael Jataí, Marcos Serrato (Filipe Alves), Vinícius Kiss e Thiago Silvy (Jonathan); Giancarlo (Igor). Técnico: Estevam Soares.

Cartões amarelos: Marcos Paraná (BRA); Rafael Santos, Hélder e Henrique (TUP).

Arbitragem: José Ricardo Vasconcellos Laranjeiras (AL), auxiliado por Nadine Schramm Camara Bastos (SC) e Esdras Mariano de Lima Albuquerque.