Opinião: Mais uma Copa do Mundo para o Caxias

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CaxiasInegavelmente este, está sendo um ano de reconstrução para o Caxias. Após o trágico ano que passou, culminando com os rebaixamentos no Campeonato Gaúcho e no Brasileiro da série C. O time grená, desta forma, busca dois acessos nesta temporada, tanto em nível estadual, quanto nacional. No Campeonato Gaúcho da Divisão de Acesso, meio caminho já foi percorrido, no entanto o restante do trajeto de retorno à elite ainda é árduo, pois enfrenta times qualificados e tradicionais no quadrangular final. Já no Campeonato Brasileiro da série D, o que temos é uma grande incógnita, ou algumas incógnitas. Quem de fato o Caxias vai enfrentar? Como irá se postar jogando duas competições ao mesmo tempo por 6 semanas? O grupo grená tem força pra isso? Conseguirá manter o foco em tantas decisões de forma concomitante? As respostas começarão a surgir a partir do próximo domingo, quando a bola rolar para Caxias X Metropolitano. O certo é que o Caxias necessita muito dos dois acessos, não consigo entender que uma ou outra competição deva ser prioridade. Voltar à elite do Gauchão é fundamental, pela grandeza grená – último time do interior à conquistar um titulo gaúcho – e pelas necessidades financeiras, amenizadas pela cota de TV. Mas voltar a série C, é a certeza de calendário cheio durante todo ano de 2017. O Caxias também não pode abrir mão de disputar um campeonato nacional, mas se não subir este ano, a probabilidade é imensa de não ter campeonato no segundo semestre, a não ser a tão desvalorizada copinha. Por isso a ordem é jogar com a “faca nos dentes” esta série de decisões que o grená do povo tem pela frente.

CONFIANÇA NO PROJETO

JuventudeAntônio Carlos Zago recebeu uma proposta para trocar o Juventude pelo Figueirense, o técnico no entanto, preferiu ficar. Uma ótima notícia! O nome disso é confiança no projeto. Não é qualquer profissional que resolve ficar num time que disputa a série C – por maior que seja este clube – e abre a mão da série A – por menor que seja o outro clube. A questão é que independente da agremiação defendida, se paga muito mais na elite e, trabalhar na série A é tido como uma grande vitrine. Pois Zago foi na contramão desta onda de interesses financeiros, que movem a sociedade neste momento, preferindo permanecer no verdão. Espero sinceramente que esta confiança no projeto seja recíproca, que seja partilhada pela direção e que não aconteça nenhuma mudança precipitada, motivada por uma eventual sequência negativa de resultados. A confiança no planejamento é uma via dupla, mas de um único sentido, neste caso treinador e clube precisam seguir na mesma direção. Desta forma os resultados positivos acontecerão, mais cedo ou mais tarde.

 

BOM FINAL DE SEMANA!