Pela terceira vez em três jogos na Série B do Brasileirão, o Brasil conquistou uma vitória dentro de casa. A vítima da vez foi o Paysandu. Após o triunfo, Rogério Zimmermann concedeu entrevista coletiva repercutindo o duelo, que deixa o Rubro-Negro na terceira colocação do campeonato. Além disso, a defesa é a menos vazada.
”Vimos um jogo de alto nível, de Série B de Brasileiro. Temos que dar parabéns ao Paysandu, que fez um grande jogo, tocou a bola, marcou. Eu não esperava outra coisa. Isso valorizou bastante nossa vitória, principalmente porque o Brasil, no segundo tempo, mereceu a vitória. Parabenizo os atletas e o torcedor, que incentivou do início ao fim”, elogiou o técnico.
Logo de cara, foi possível perceber a postura adotada pelo Papão: duas linhas de quatro bem articuladas buscando contragolpes em velocidade com Fabinho Alves e Jhonnatan. Desta forma, o Xavante acabou forçado a propor. Quanto a isso, Zimmermann afirmou: ”Era preciso rodar a bola com os zagueiros pela postura do rival, mas estávamos fazendo isso muito. Exagero de passes atrás, sem causar estrago. Com o passar do tempo, o adversário começa a ganhar confiança. É preciso começar a acionar os jogadores marcados, acelerar um pouco. No segundo tempo fizemos mais isso”.
Se Paraná e Bragantino saíram atrás do Rubro-Negro logo cedo, o Alviceleste ofereceu maior resistência. Rogério elogiou os comandados de Dado Cavalcanti: ”Nitidamente, o time deles conhece o Brasil, porque tem um treinador estudioso. Ele sabia que marcaríamos forte e montou a equipe do mesmo jeito. Achei o Paysandu muito bom. Marca e sai para jogar. É preciso ter paciência, leitura… os atletas são obrigados a entender isso e hoje o torcedor também entendeu”.
Em todas as partidas da Série B até agora, o treinador vermelho e preto subsituiu Ramon por Nathan. Quando Cachorrão foi titular, a troca foi inversa. Ontem, também ingressaram Nena e Marcão, já na reta final. ”O Paysandu trocou o lateral-direito e a velocidade do Ramon foi trocada pela do Nathan. Quando já tínhamos o resultado, entrou o Nena pela bola aérea e para pressionar a saída de bola. A entrada do Marcão aconteceu pelo cansaço do Diogo, que vem atuando sempre”, justificou Zimmermann.
Contra o Goiás, Nena desperdiçou um pênalti. Quando o árbitro apontou para a marca da cal, Diogo Oliveira foi o responsável por colocar a bola na rede. ”Não estava estipulado quem bateria. Vários treinam. A ordem é Ramon depois Nena. Nenhum dos dois estava em campo na hora. Se o Nena estivesse, cobraria. Cobrou dois pênaltis no Gauchão e fez os dois. É evidente que se o Diogo começar a bater toda hora, vai errar”, dissertou Rogério, aproveitando para elevar a moral do centroavante.
Mais uma vez, o Xavante passou ileso no Bento Freitas. A meta de Eduardo Martini é a que menos foi vazada no torneio (apenas duas vezes). Dois jogadores possuem importante papel nesse ponto: Leandro Leite e Washington. A antiga dupla de volantes foi exaltada pelo técnico xavante: ”São jogadores de boa marcação, que frequentaram séries D e C de bom nível e agora estão crescendo tecnicamente para a B. Temos quase uma muralha ali, levamos poucos gols muito por causa do trabalho deles… Além de tudo, estão acrescentando o passe, a ida ao ataque”.
Agora, o Brasil deixa o embate contra os paraenses para trás e passa a pensar no Luverdense. O compromisso diante dos matogrossenses está marcado para às 20h30 de sexta-feira (3). Sobre os 11 titulares que buscarão novo triunfo no Bento Freitas, Rogério não garantiu nada: ”A decisão de quem começa jogando na sexta acontece na quinta, porque é quando os jogadores me dizem como se sentem. Evidentemente o desgaste é muito grande. Estaríamos cansados independentemente do resultado… é melhor com vitória, mas existe a possibilidade de alterar algo”.
A tarde de hoje será marcada pela apresentação do volante Nem, às 14h, e por um jogo-treino da equipe reserva do Brasil contra o Rio Grande. Tudo no Bento Freitas.