Zimmermann projeta confronto com Tupi e elogia Brasil: ”Estou gostando da equipe”

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No dia em que completa 51 anos de vida, Rogério Zimmermann concedeu entrevista coletiva no Bento Freitas. Amanhã (11), às 16h, o Brasil recebe o Tupi, no Bento Freitas, pela oitava rodada da Série B. O comandante rubro-negro abordou vários fatores, entre eles a necessidade de descanso, a montagem da equipe e a integração dos novos reforços.

Diante do Goiás, Ramon e Marcos Paraná iniciaram no banco de reservas. Contra o Criciúma, Felipe Garcia acabou poupado. Quanto a isso, Rogério afirmou: ”A questão de poupar é decidida muito próximo da partida, porque às vezes o jogador não consegue deixar claro se está na melhor condição. Uma coisa é poder jogar, e outra é poder realizar uma atuação de alto nível. Isso é o fundamental, mas também muito pessoal. Às vezes é melhor tirar do começo de uma partida do que perder por mais jogos”.

Para o técnico, o pouco tempo entre um duelo e outro dificulta a correção de erros com mais calma: ”Se descansa mais do que se treina. O que se conversa é sobre o último jogo. Passamos muitas imagens, falamos a respeito de erros e acertos. Mas mesmo que você encontre algo para corrigir, não há como treinar. Priorizamos o descanso e as conversas individuais”.

Na manhã de ontem, o Tupi anunciou Estevam Soares como treinador no lugar de Ricardo Drubscky. Penúltimo colocado com somente uma vitória no campeonato, o rival xavante foi bem avaliado por Zimmermann: ”Vi o jogo deles contra o Oeste e tiveram melhores chances, poderiam ter ganhado. Lembro do Brasil no Gauchão, quando fazíamos bons jogos e às vezes não tínhamos resultado. A troca de treinador gera motivação. Saiu um que dirigiu Atlético-PR, Fluminense, e entrou um dos melhores do país. A Série B é isso, com clubes fortes e capazes de se equilibrar”.

Foto: Bruno de la Rocha/Rede Esportiva
Foto: Bruno de la Rocha/Rede Esportiva

Como de praxe, o comandante vermelho e preto ressaltou a necessidade de pensar jogo a jogo, sem projetar pontuação: ”Não fizemos projeção. Fomos jogar em Criciúma com o objetivo de pontuar – se possível três pontos – mas não conseguimos. A diferença entre quem está no G4 e quem está na posição do Brasil é de dois, três pontos… quem está embaixo, se for bem em duas partidas, pode subir bastante. O que eu noto é que, na grande maioria, as equipes estão no mesmo nível. Vencer em casa não é obrigação. Tenho a obrigação de fazer meu melhor”.

Outra pauta da coletiva de Rogério foi a adaptação dos reforços recém-chegados. O volante Nem vem sendo utilizado como opção no banco desde o empate contra o Luverdense. Agora regularizados, Clebson e Elias foram relacionados para o embate diante do Galo-Carijó: ”A gente tem uma vantagem com relação do Gauchão: podemos relacionar 23 jogadores. Acho que isso é muito bom, porque não precisa optar entre Nena, Nathan, Gustavo Papa, Elias… Mas sempre tenho um pouco de cuidado na hora de escalar os novatos. Tenho que perceber se de fato estão prontos ou se há outros atletas que possam dar um retorno melhor no momento. Há um processo, como estão passando o Nem e o Marcão. Concentram, começam a participar das palestras pré-jogo… vai ser preciso ao longo da competição”.

De acordo com Zimmermann, Elias não será usado como um ”clone” de Felipe Garcia, apesar de ter se posicionado na direita da linha ofensiva no jogo-treino contra o Rio Grande. ”Com o Elias, teríamos três atacantes. Assim como o Ramon, ele é mais da jogada pessoal”.

Perguntado se Diogo Oliveira ou Clebson são capazes de atuar como falso 9, o técnico disse: ”Acho mais difícil. Poder, podem, mas acredito que não terão um alto rendimento. Atuar é uma coisa, jogar em alto nível é outra. Jogar ali eles podem. Melhor do que como meia, talvez não. A não ser que treinassem por bastante tempo nessa função, como o Paraná fez. Essa decisão de atuar com falso 9 foi tomada porque o Paraná pode desempenhar a função. O papel foi feito para ele. É preciso criar outras situações, como criaremos com Elias, com Clebson”.

Avaliando o desempenho rubro-negro até aqui na Série B, Rogério se mostrou satisfeito: ”De uma maneira geral, estou gostando da equipe. Esperava um nível e está atingindo. Os jogadores estão rendendo. Se pegar as partidas, na grande maioria houve bom desempenho. Em campeonato longo assim, é normal oscilar”.

Aniversariante do dia, Zimmermann fugiu do assunto das comemorações: ”Se fosse pedir alguma coisa, não é por estar de aniversário. Peço saúde para que possa buscar as coisas desejadas, pessoal ou profissionalmente. Cada dia a mais de vida deve ser aproveitado, fazendo o melhor no trabalho e nas folgas aproveitar com a família. Os resultados no futebol são frutos de competência, de trabalho’‘.

O Brasil deve encarar o Tupi com Eduardo Martini; Weldinho, Leandro Camilo, Teco e Marlon; Leandro Leite, Washington, Felipe Garcia, Diogo Oliveira e Ramon; Marcos Paraná.