Dois titulares absolutos da defesa de Luís Carlos Winck. Duas peças fundamentais para o Pelotas ter chegado ao quadrangular final da Divisão de Acesso. Mas dois estilos completamente opostos. Na tarde de ontem (7), o goleiro Rafael Dal Ri e o zagueiro Douglas concederam entrevista coletiva na Boca do Lobo sobre a delicada situação áureo-cérulea na competição gaúcha. Cada um do seu jeito.
”Temos a possibilidade agora, nos deram chance. Não estávamos nem na UTI… o padre estava dando extrema-unção, e aí deixaram um pote de adrenalina. O padre tropeçou, o pote caiu na gente e voltamos fumados agora, não tem o que fazer. Sempre digo no vestiário que não foi o Pelotas que nos contratou, foi o destino que nos colocou todos juntos para darmos felicidades à essa nação azul e amarela”. A frase, claro, é do confiante e experiente goleiro.
A respeito do duelo diante do Brasil de Farroupilha, no qual apenas a vitória interessa ao Lobo, Rafael disse: ”É preciso ter atenção redobrada sempre, mas agora ainda mais, porque se empata ou perde, acabou. Em determinado momento do jogo, tem que botar o coração na frente. Enfrentamos o Brasil várias vezes e ainda não tivemos a felicidade de ganhar fora. Espero que o triunfo tenha ficado para o último”.
O discurso otimista do camisa 1 não é nem um pouco comedido. Para ele, o acesso é uma certeza: ”O futebol me deu muitos títulos. Nunca fui campeão da Divisão de Acesso. Mas isso até o dia 13 de julho de 2016 (data do jogo contra o União-FW em Pelotas), quando conseguirei esse título. Provavelmente, a grande maioria do elenco, não pela idade, não vai mais conseguir chegar a uma disputa assim. O time deve ser desmontado, então os jogadores começam a se espalhar. Podemos ser superados, mas jamais deixaremos de lutar”.
Bem diferente do companheiro, Douglas ressaltou a importância da concentração para levar a melhor na Serra. ”Eles nos deram outra oportunidade de buscar, embora seja pequena a chance. É o momento de fechar o grupo e falar: temos essa oportunidade e não dá para escapar. Vamos tentar a vitória”, disse.
”Eles (Brasil) dependem só deles e vai ser um jogo decidido no detalhe, porque ao mesmo tempo em que eles têm que arriscar nós também temos. Não dá para pensar em outro resultado. O Winck nos passará mais detalhes sobre o jogo, mas precisamos ser agressivos”, afirmou o zagueiro, já 100% para atuar depois de sair lesionado contra o Caxias.
Na atual Divisão de Acesso, o Lobo visitou o Rubro-Verde em Farroupilha duas vezes e saiu derrotado em ambas. Para o camisa 3, erros que servem de lição: ”Foram jogos decididos no detalhe, em alguns erros que soubemos localizar dentro do vestiário. Dessa vez não dá para errar se quisermos alcançar alguma coisa”.