Giovane Gomez comenta sobre período afastado dos gramados e projeta retorno pelo Lobo

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No dia 7 de outubro de 2015, Giovane Gomez vivia o seu ápice com a camisa do Esporte Clube Pelotas. No jogo de ida da decisão da Copa Luiz Fernando Costa, o atacante via do banco de reservas a derrota parcial do Lobo diante do Lajeadense pelo placar mínimo. Foi chamado por Paulo Porto aos 18 minutos do segundo tempo e precisou de apenas dois minutos em campo para marcar o tento da igualdade, que garantia a condição de jogar por um empate sem gols na volta. No confronto decisivo, porém, a festa e a vaga na Copa do Brasil foram do alviazul.

O final do ano ainda reservou ao atacante a convocação para a Seleção Gaúcha que disputou a Copa Placar de Seleções Estaduais sub-20. O jogador marcou um dos dois gols anotados pela equipe comandada por Luís Carlos Winck, que foi eliminada na primeira fase do torneio. Diante desse contexto, 2016 chegava com a promessa de ser o ano da afirmação e da sequência de Giovane entre os profissionais.

Expectativa essa que foi atrapalhada por uma lesão no joelho, que fez com que o atleta fosse submetido a uma cirurgia que o afastaria pelos sete meses seguintes. Em suma, perderia toda a disputa da Divisão de Acesso.

“Quando me falaram que eu teria que fazer cirurgia, me abalou um pouco, me deixou triste. Mas o apoio de todo mundo me ajudou, me recuperei. Todos os jogadores grandes passaram por isso, foi só mais um obstáculo na minha vida”, disse o centroavante em contato com o repórter Marcelo Prestes.

Giovane Gomez em ação no segundo semestre de 2015 (Foto: Alisson Assumpção)
Giovane Gomez em ação no segundo semestre de 2015 (Foto: Alisson Assumpção)

Questionado sobre como lidou em ter que assistir aos compromissos áureo-cerúleos longe dos gramados, o jogador classificou a situação como “um nervosismo total”, e afirmou que recorreu ao rádio nos jogos longe da Princesa do Sul. O atacante ainda lamentou o fato de estar fora de combate com a chegada de Luís Carlos Winck, com quem se mostrava esperançoso de receber oportunidades de atuar.

“Isso me deixava nervoso, queria estar participando dos treinos e dos jogos. Peguei um tempo com o Fabiano (Daitx), um excelente treinador. Chegou o Winck, consegui treinar com ele no Lajeadense e na seleção gaúcha, que ele me levou. Se eu tivesse bom, ele teria me utilizado, mas infelizmente não deu certo. Quem sabe um dia possa estar trabalhando com ele”, avaliou.

Centroavante serviu a seleção gaúcha no final do ano passado (Foto: Robson Fernandjes/ALLSPORTS)
Centroavante serviu a seleção gaúcha no final do ano passado (Foto: Robson Fernandjes/ALLSPORTS)

Com a lesão, a rotina de treinos, é claro, mudou. As atividades com bola e ao lado dos companheiros deram lugar aos treinamentos de equilíbrio, força e musculatura na companhia dos fisioterapeutas do clube. Com a previsão inicial de sete meses de afastamento, o jogador ainda deve ter mais três meses recuperação pela frente. Por mais que o panorama não fosse dos mais favoráveis, ele traçava metas individuais altas caso o Lobo confirmasse participação nas competições do segundo semestre.

“Sobre não participar da copinha, me deixou nervoso também. Já estava com os planos de brigar pela artilharia, mas agora não tem como mais. Agora é aproveitar esse tempo pra treinar forte e chegar forte na Série A-2 do ano que vem”, comentou.

Por mais que o retorno em partidas oficias deva ocorrer apenas em 2017, o centroavante mostrou-se ansioso com a volta. Indagado se o torcedor pode esperar pelos mesmo Giovane Gomez que foi às redes na decisão da Copa Luiz Fernando Costa, não hesitou.

“Com certeza, pode esperar melhor ainda. Depois disso aí, estou aprendendo muitas coisas e quero voltar melhor ainda. Igual eles fizeram esse ano, encheram a Boca do Lobo. Pra mim vai ser um orgulho voltar fazendo gol e deixando eles felizes no ano que vem”, finalizou