Zimmermann, antes de Vasco x Brasil: ”Quando subimos, imaginávamos esse tipo de jogo”

Autor(a):

Desde que conquistou o acesso para a Série B do Brasileirão, em outubro do ano passado, uma partida certamente não saiu da cabeça de muitos rubro-negros. E, neste sábado (9), o Brasil finalmente vai medir forças com o Vasco da Gama em São Januário, a partir das 18h30. Antes da viagem para o Rio de Janeiro, Rogério Zimmermann concedeu entrevista coletiva na sala de imprensa do estádio Bento Freitas. Na pauta, o marcante duelo, além da campanha xavante e da necessidade de reforços.

Quando subimos de divisão, imaginávamos esse tipo de confronto, porque é o que acrescenta. Jogamos contra Náutico, Bahia e Joinville. O Vasco é um time de Série A, é aquele clube que não é para estar participando dessa divisão. Ao mesmo tempo que é um duelo difícil, é esperado. Estamos em busca desse tipo de enfrentamento. Vamos pegar o líder, a equipe que mais fez gols… dispensa apresentações”, disse o comandante.

Ainda sobre o Cruz-Maltino, Rogério analisou: ”Apesar das dificuldades nos jogos recentes, são os líderes da competição. Não dá pra separar. Enfrentaremos o mesmo Vasco do começo da Série B, com suas qualidades e defeitos, tradição e torcida”.

Foto: Bruno de la Rocha/Rede Esportiva
Foto: Bruno de la Rocha/Rede Esportiva

O alto nível de dificuldade da partida foi colocado na balança pelo treinador rubro-negro: ”Se você vai lá e faz um bom jogo, reforça o que foi feito contra Bahia, Joinville… caso contrário, é preciso saber que estaremos enfrentando um adversário favorito ao acesso. Isso é uma coisa. Outra coisa é ter ambição. Vejo o Vasco em vantagem em relação a todos os outros integrantes. Mas numa partida só você pode acreditar na vitória, é o futebol”.

Perguntado sobre possíveis alterações táticas na equipe, Zimmermann desconversou: ”Nada significativo. Queremos ver o Brasil dentro daquilo que vem jogando num jogo desse nível. Acho que seremos muito parecidos, tentaremos ser um time equilibrado. Não há como atuar só se defendendo, é preciso atacar, ter a posse de bola. Servirá como parâmetro, tanto coletiva quanto individualmente. Não penso em grandes mudanças porque a equipe vem de uma maneira razoável a boa”.

A grande interrogação é a presença ou não de Marcos Paraná. Sentindo dores, o camisa 11 é dúvida até mesmo porque o Xavante não divulga a lista de relacionados para os compromissos. ”É uma pena se não puder contar com ele. Há possibilidade de se levar um jogador a mais, porque o jogo é dois dias depois da viagem. caso ele vá e não possa jogar, eu gostaria de ter mais alternativas no banco. Interessante era contar com os atletas que vêm jogando. O gol contra o Joinville só materializou, mas ele vive um bom momento. É um jogador que possui a vocação de fazer gol, de finalizar com a direita e com a esquerda”.

Autor de um gol na vitória sobre o Joinville, Paraná é dúvida diante do Vasco (Foto: Carlos Insaurriaga/G.E. Brasil)
Autor de um gol na vitória sobre o Joinville, Paraná é dúvida diante do Vasco (Foto: Carlos Insaurriaga/G.E. Brasil)

Outro aspecto comentado pelo técnico envolveu Cirilo, que volta de lesão mas ainda deve esperar no banco de reservas: ”Não tem uma regra, receita de bolo quanto a isso. Ainda não estudei o caso do Cirilo. A gente fez até um treino na segunda-feira contra o Progresso e ele atuou, mas no dia seguinte participou. É preciso analisar uma série de fatores. Em princípio, deve acontecer a manutenção da zaga que vem atuando. Minha preocupação é o risco de perder atletas por mais tempo, e o problema do Cirilo foi muscular…”

Até agora, em seis partidas sem mando de campo, o Rubro-Negro ainda não venceu. Segundo Rogério, isso não é problema por enquanto: ”Não preocupa. Na verdade, tenho preocupação em pontuar e fizemos isso contra Goiás e Sampaio. Houve boas partidas, como contra o Londrina. Mas como tem 19 jogos fora de casa, se for mantido um padrão de atuação, a vitória vai chegar. O campeonato não separa partidas em casa e fora, é de pontos corridos”.

Finalizando a coletiva, o tema foram as contratações, em específico para o setor ofensivo: ”Passamos pelo momento mais crítico da competição porque era muito jogo, um atrás do outro. Jogaremos nesse sábado, depois só no outro… a grande urgência era um pouco antes. Acho também que não é com relação somente a atacantes, mas sim em relação a todas as posições. Não vejo o Brasil sem contratar mais ninguém até o fim do ano. Todos os times vão contratar, cada um com sua necessidades e capacidade de investimento. Se surgir uma situação boa, de jogador com perfil do clube… é uma questão de ter certeza da contratação. Muitos querem jogar aqui, toda hora são oferecidos nomes mas não temos margem para errar”.