Opinião: Os períodos AC/PC no Juventude

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Meus amigos, como estão? Espero que bem. O final do ano está chegando, assim como as definições no nosso futebol. A mais ruidosa deste último final de semana, impactou diretamente o Juventude. E o causador disso foi o Internacional. Tudo começou meses atrás, quando o agora eleito presidente do Colorado, Marcelo Medeiros, manifestou a intenção de contar com o técnico Antônio Carlos na casamata do Beira Rio em 2017. A definição disto ocorreu no sábado, com o oposicionista Medeiros vencendo a eleição, com 94% dos votos de associados do Inter. Uma clara rejeição ao atual comando do clube.

Quando da “renovação” de Antônio, sem assinar propriamente o contrato com o Ju, já era visto que algo poderia acontecer. Ao menos, meu pensamento, era certo que não ficaria. A possibilidade da vitória de Medeiros era nítida. O técnico do Juventude, o escolhido. Então, era até ingenuidade pensar que ele ficaria. O Internacional foi rebaixado de divisão no Brasileiro. Entretanto, isso não muda a grandeza e estrutura para trabalho.

O Juventude, neste quesito, não poderia competir em leilão, caso o Inter realmente o quisesse. E o quis. Especula-se que Antônio receberá quase oito vezes o que tinha de salário no Juventude. Qualquer profissional faria esta troca. Não é questão de traição, de ser mercenário. Alguns podem interpretar dessa forma. Agora, estes mesmos, tenho certeza, não recusariam uma proposta até bem menor que essa se pudessem mudar de emprego. Não me venham com a desculpa de “vestir a camisa”…

Bem, dito isso, desejo um bom trabalho a ele. Não seja o juventudista ingrato com Antônio Carlos e também o auxiliar Galeano, que o seguiu para o Inter. Eles foram fundamentais no grande ano verde que foi 2016. Os acertos foram maiores que os erros, ou chegar à decisão do Gaúcho, quartas da Copa do Brasil (sendo eliminado pelo vice campeão e com participação da arbitragem) e subir à Série B é pouco? Não, não é. Foram anos de sofrimento até agora. Ele que tenha sucesso lá também e cresça ainda mais na profissão.

Ao sair, indicou Paulo César Parente, até então técnico do Sub 20. Eles têm amizade de anos, desde quando eram jogadores. Ambos têm perfil parecido: foram jogadores de qualidade, vestiram as camisas dos principais clubes brasileiros e até do Exterior, estudaram para se tornarem técnicos.

Antônio já se afirmou nisto. Paulo César terá a primeira chance num elenco profissional. Treinou o sub 20 e foi Campeão Gaúcho, chegando a fazer seis gols no Grêmio na fase classificatória e, na decisão, derrotou o Inter. Todavia, fez uma campanha muito ruim na Copinha, chegando a levar  5 a 0 num CaJu. Prefiro a primeira impressão.

Vou esperar os amistosos, o início de 2017 para falar mais sobre o trabalho dele. Só assim saberemos se a decisão de dar esta chance foi acertada. De nada adianta rejeitar agora; que se dê apoio. Tanto do clube, quanto da torcida. Desta forma, poderemos ver se o “período AC” fará falta ou se a “era PC” pode suplantar em qualidade.