A segunda rodada do Gauchão se mostrou diferente da primeira, para a dupla CaJu. Pelas circunstâncias, um bom empate do Juventude e uma enorme vitória do Caxias. Começando pelos embalos de sábado à noite, no Rio Grande, São Paulo e Juventude fizeram uma boa partida de futebol.
Muita movimentação, velocidade dos dois times e chances de gol foram criadas pelas duas equipes. Ainda no primeiro tempo o meio campista Hugo, de 36 anos, foi na onda do volante Dema e reagiu a uma agressão. Acabou juvenilmente sendo expulso por isso, pelo árbitro Francisco Neto.
Depois do jogo, o próprio jogador reconheceu a situação e pediu desculpas pelo ocorrido. Bem, voltando à partida, especialmente no segundo tempo, pareceu que o time não sentiu a ausência de um jogador. Seguiu atuando da mesma forma. E encontrou o gol num escanteio batido por Pará, contando com decisiva participação do goleiro Gil Grando que rebateu a bola para baixo, acertando a perna do companheiro de defesa Cleyton e a bola foi para a rede.
Aí que entra o problema do Ju neste início de campeonato: a definição. Após o gol, o Leão ficou acuado. Sentiu o baque. E o Verdão foi pra cima, dominou a partida por uns 15 minutos, criou chances de matar a questão rio-grandina. Faltou o matador, pois Caion não é esse cara, definitivamente. Ele como centroavante não rola.
Com isso, o São Paulo foi pra cima, lançamentos do meio de campo para a área. Até que conseguiu empatar com o mesmo Cleyton, cabeceando para a rede um cruzamento de escanteio. O time de Rio Grande ainda teve outras chances claras, bolas na trave e tudo mais. Acabou, pela circunstância, sendo um bom resultado no Aldo Dapuzzo.
Agora, o foco vai para a Copa do Brasil, onde enfrenta o Murici, em Alagoas. O empate já classifica o Ju para a fase seguinte, pelo novo regulamento da competição. E acredito que volta de lá tranquilamente classificado, para no próximo final de semana enfrentar o Ypiranga no Jaconi, pelo Gauchão.
Talvez Tadeu seja o escolhido para centroavante, colocando Caion onde acredito que vá render mais, atacando pelos lados. Daí, penso, os gols vão surgir e a primeira vitória vai chegar no Estadual.
No domingo, o Caxias fez um jogo muuuuuito diferente do primeiro. Se em Novo Hamburgo a coisa foi feia, no Centenário contra o Grêmio, foi linda! E que vitória! Derrubou o Campeão do Brasil com sobras. Foi 2 a 1 como poderia ter sido 3 a 0. Jogo igual no primeiro tempo, com leve vantagem para o Grêmio, pois Marcelo Pitol fez uma importante defesa em cabeçada de Pedro Rocha.
O segundo tempo mostrou que o Grená estava com bola no corpo. Encurralou o Grêmio dos dez aos 20 minutos, onde conseguiu o pênalti do primeiro gol e a marcação do 2 a 0. Time vigoroso, com atitude, qualidade e vontade de vencer. Não baixou a cabeça para os chiliques do “craque” Luan, das tentativas de Maicon e Douglas querendo apitar o jogo junto com Jean Pierre Lima e não se abalou quando levou o gol do Grêmio.
Se bem que ali, era só esperar o apito final de Jean Pierre, faltava só dois minutos pro jogo acabar. De qualquer forma, um enorme jogo do Caxias. Da defesa ao ataque. Especialmente o meio campo. Marabá que havia ido mal demais em NH, anulou qualquer chance de Douglas armar o ataque Tricolor. Elyeser desarmava e atacava com a mesma qualidade.
Vagner mostrou excelência e o comprometimento que faltaram na estreia. Reis, que havia entrado bem contra o Nóia, confirmou que é titular desse time. Deixou o tempo todo Geromel e Kannemann preocupados com suas investidas e passes para Gilmar e Júlio César. E Gilmar? Bateu bem demais o penal e converteu com classe o segundo gol, de cabeça. Qualidade tem e está confirmando.
Baita jogo. Completando isso, o trabalho de Luiz Carlos Winck ao longo da semana, corrigindo as deficiências, ajustando a casa. E durante o jogo, não recuou o time, as substituições foram para manter o Caxias imponente, sem permitir grandes ações do Grêmio. Foi uma grande tarde.
Espero que, a partir de agora, o caminho esteja pavimentado para seguir forte. Se atuar perto da forma como foi contra o Grêmio, o torcedor pode acreditar no Caxias, que as vitórias vão surgir.