Os times de Winck, P.C. e Beto Campos

Autor(a):

Meus amigos, já passamos de um terço da fase classificatória do Gauchão. E a situação segue parecida com a última vez que aqui escrevi. Entretanto, houve um agravamento… O Caxias, no domingo, fez um grande jogo contra o São Paulo, de Rio Grande.

Manteve a postura ofensiva, incisivo buscando a vitória, tal como foi com Grêmio e Internacional. Venceu no segundo tempo, podendo já ter construído vantagem na primeira etapa. Os autores dos três gols grenás mostram a questão.

O primeiro foi de Jean, zagueiro desacreditado pela torcida e por muitos de nós da imprensa. Estava parado no ano passado, atuou poucas vezes e tinha ido mal. Não parecia que voltaria ter o bom desempenho de outras temporadas. Mas foi revitalizado pela fase do time. Está firme nas jogadas e este gol pode ser o divisor para se manter bem.

O segundo foi de Jajá, o mais querido. Teve três chances de marcar. E guardou o seu. Ele está nas graças do povo. Isso o motiva e o torna letal, tanto quanto Gilmar. Vai ser legal a briga pela posição. E isso, acredito, será ótimo para o Caxias.

O terceiro gol foi de Marlon, que está momentaneamente na reserva. Mostra-me que do banco podem sair soluções como ele, Nícolas e o próprio Jarbas… Fora isso, o Caxias num todo se mantém equilibrado. E segue firme na classificação. Luiz Carlos Winck acertou o ponto.

Por outro lado, temos o Juventude. A falsa impressão que passava a invencibilidade no Gauchão desapareceu com a goleada sofrida para o Novo Hamburgo, de Beto Campos, João Paulo, Branquinho e cia… Levou quatro a um. Com sobra para mais. Ali, digo que vi um time desorganizado.

E isso, penso eu, não passa somente pela falta de jogadores de qualidade ou até nas opções. Escrevi aqui que nem tudo deve ser colocado na conta de Paulo César Parente. Sigo crendo nisso. Todavia, não posso deixar passar o que houve em Novo Hamburgo. Na entrevista de pós jogo, P.C. disse que treina muito durante a semana e, segundo ele, de forma bastante positiva. Mas não se vê isso nos jogos.

Não sei se é porque os jogadores não conseguem colocar em prática ou se não querem definitivamente fazer isso. Falta qualidade, falta grupo, mas falta também organização. Até agora, um empate parelho com o Brasil, outro com o São Paulo jogando menos, uma vitória imerecida contra o Ypiranga e essa goleada para o Nóia. Além da suprema humilhação de ser eliminado da Copa do Brasil pelo lanterna do campeonato alagoano.

O certo é que a última chance de Paulo César é sábado, contra o Passo Fundo. E vai ter de convencer. Imagino que nem uma vitória, jogando pouco, o manterá.

Para encerrar, muitas vezes que fui questionado sobre o Gauchão, especialmente na Rádio Caxias, apontei o Novo Hamburgo como candidato ao rebaixamento no Gauchão. Muito pelo que ouvi dos próprios dirigentes do Nóia, falando em investimento baixo e até pela situação em determinado momento do clube, que chegou a ficar sem presidente. Errei clamorosamente.

Gilberto Cirilo de Campos, Darley Costa e Rafael Dias estão fazendo um trabalho grandioso por lá, mantendo a qualidade que trouxe o Caxias de volta a Série A do Rio Grande. Líder do campeonato com 12 pontos, cinco à frente do Caxias em segundo. Destes, seis contra a dupla CaJu. Time organizado, veloz e bem preparado. E assim, acredito, seguirá.