Hoje, dia 29 de março, o Brasil encerrará sua participação na primeira fase do Campeonato Gaúcho de 2017 e, de forma surpreendente, está com mais chances de ser rebaixado à Divisão de Acesso do que garantir uma vaga nas quartas de finais do nosso certame estadual. O Xavante joga pela vida nesta rodada final e enfrentará o claudicante, mas perigoso Passo Fundo, no estádio Vermelhão da Serra. Uma vitória tirará um fardo das costas dos jogadores rubro – negros, mas empate ou derrota poderá arremessar o Brasil ao abismo do futebol gaúcho.
O que mais preocupa a torcida Xavante é o retrospecto fraco do Brasil em terras do norte do Estado. Em compromissos válidos pelo Gauchão, o time de Pelotas tem apenas uma vitória em Passo Fundo. E este triunfo não aconteceu na fase principal do certame, mas sim na Copa Emídio Perondi, torneio que definiu os rebaixados do nosso Estadual nos anos de 2005 e 2006. Ou seja, atuar no Vermelhão da Serra sempre foi pedreira para o Brasil.
Mas em 2005, o rubro – negro voltava ao Gauchão depois de uma ausência de 5 anos. A equipe manteve a base vencedora de 2004, que sobrou na Divisão de Acesso. Assim, nomes como os inesquecíveis Cláudio Millar, Régis e Marcos Tora, eram acompanhados por Aládio, Rudi, Júlio, Paulinho, Careca e Silvano, todos remanescentes do ano anterior. Além deles, os reforços empolgavam, pois eram nomes conhecidos do futebol gaúcho, podendo ser citados o goleiro Marcelo Pitol e os atacantes Alê Menezes e Marcelo Fumaça.
A boa impressão inicial confirmou-se e o Brasil conseguiu passar aos quadrangulares semifinais da competição, enfrentando e obtendo resultados significativos contra o Grêmio, o Caxias e o 15 de Novembro de Campo Bom, vice – campeão estadual em 2002 e 2003. Mas a boa campanha não garantiu ao rubro – negro livrar-se da ameaça de rebaixamento, para isso foi necessário reunir 14 dos 18 participantes daquele Gauchão na Copa Emídio Perondi, que além de determinar os rebaixados à Divisão de Acesso valia vaga em competições nacionais. Apenas os times de Caxias e a dupla Grenal livraram-se desta disputa.
E foi nesta Copa que Brasil e Passo Fundo encontraram-se duas vezes. O time do norte do Estado vinha de uma campanha mediana no Gauchão e que quase tornou-se trágica na Emídio Perondi, pois o Passo Fundo conseguiu evitar o rebaixamento apenas na última rodada, quando em confronto direto, bateu o São Gabriel. Campanha fraca de um time que contava com atletas pouco conhecidos e aonde os destaques eram o goleiro Tigre e o eterno zagueiro Márcio Nunes.
Já o Brasil evitou o rebaixamento com certa facilidade, chegando inclusive à final da Copa, sendo derrotado pelo Novo Hamburgo na decisão.
Em relação aos jogos contra o Passo Fundo, o Xavante bateu a equipe da “Terra de Teixeirinha” por 2×0, no Bento Freitas. Já no Vermelhão da Serra, a vitória pelotense aconteceu no dia 15 de abril de 2005 e o placar marcou 2×1 para o Brasil. E com um elemento curioso, o técnico rubro – negro naquele distante 2005 é o mesmo de agora, Rogério Zimmermann, o que traz a esperança a todos os xavantes de que aquele resultado se repita.