Com gols de Marcinho e Leandro Camilo, Brasil supera São Paulo na Baixada

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A vitória veio com certa dose de sofrimento. Na tarde deste domingo, Marcinho e Leandro Camilo – este já nos minutos finais do jogo – marcaram no Bento Freitas os gols do Brasil no triunfo por 2 a 0 sobre o São Paulo, pela sexta rodada do Campeonato Gaúcho.

O resultado deixou o Xavante na quinta colocação, com 7 pontos somados. O time de Zimmermann volta a atuar na quarta-feira (15), quando recebe o Grêmio na Baixada a partir das 21h45. O Leão do Parque, por sua vez, estacionou nos 5 pontos e caiu para o nono lugar. O Rubro-Verde joga no domingo (12), contra o Ypiranga, no Aldo Dapuzzo.

Papa perde pênalti, mas Marcinho marca no rebote

Antes do primeiro minuto de jogo se completar, o Brasil deu indícios de que os lances seguintes se concentrariam no campo de defesa do São Paulo. Com poucos segundos de jogo, Marlon recebeu com liberdade e cruzou na direção da segunda trave, mas a bola quase tomou o rumo das redes rio-grandinas. A oportunidade seguinte veio pelo lado direito. Após o chutão de Eduardo Martini, Marcinho levou a melhor sobre a marcação e serviu Lenílson, que conduziu e acabou acertando o próprio companheiro, com a pelota saindo sem perigo à esquerda da meta.

Aos 11, Marcinho fez o que quis com a defesa adversária. Recebeu pela direita e entrou com facilidade na área rubro-verde. Só a falta de Dema parou o extrema do Xavante, que vibrou muito com a marcação da penalidade. Na cobrança, Gustavo Papa optou pelo chute no canto superior direito, enquanto o goleiro Roballo caiu no lado oposto. A bola, porém, explodiu na trave. No rebote, coube a Marcinho dominar e, de fora da área, concluir firme no canto: 1 a 0 para o Brasil.

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Marcinho sofreu o pênalti que Papa desperdiçou (Foto: Rafael Techera/Rede Esportiva)

O tempo passava e o São Paulo seguia sem criar nenhuma chance de perigo. Em uma das primeiras intervenções na tarde, Martini defendeu com tranquilidade o fraco chute dado por Luanderson, de muito longe. Sem ser ameaçado na partida, o Brasil quase marcou aos 17, quando Marlon, em cobrança de falta pela direita, bateu fechado e quase surpreendeu Roballo, que caiu no canto e espalmou pela linha de fundo.

Na primeira chegada de maior perigo dos visitantes, Cleiton conduziu pelo centro e serviu Fidélis. Em ação providencial, Leandro Camilo esticou o pé e impediu a conclusão do meio-campista. Com dificuldades em trabalhar além da linha divisória do gramado, o Leão seguiu apostando em chutes de média longa distância. O primeiro foi Cleylton, que arriscou de muito longe e viu a bolar quicar no gramado antes de Eduardo Martini bater roupa e ir até o limite da área para segurá-la firme. Na sequência, Chico, que substituiu Cleverson ainda no primeiro tempo, concluiu sem força e facilitou o trabalho do arqueiro.

Aos 40 minutos, Marcinho foi substituído por Jean Silva após dividir com Cleylton, em lance que o árbitro Roger Goulart não assinalou falta. Ainda teve tempo para Nem fazer boa jogada individual, puxar da esquerda para o meio e concluir à meia altura, para boa defesa de Roballo. A última chance veio com Jean Silva, que tabelou com Lenílson e parou em mais uma intervenção do goleiro. Em um primeiro tempo em que praticamente não foi ameaçado, o Xavante perdeu a oportunidade de ir para os vestiários com um placar ainda mais dilatado, mas com um número superior de conclusões em relação aos jogos anteriores.

Após pressão do São Paulo, Camilo garante vitória no fim

A mudança de Luanderson por Leomir não foi a única no São Paulo, que voltou para a etapa final com uma postura diferente. Aos 3 minutos, o próprio Leomir passou com tranquilidade pela marcação mas concluiu fraco de perna esquerda, nas mãos de Martini. No lance seguinte, Afonso chutou cruzado quase do bico da área e Cirilo afastou mal. A pelota se ofereceu para Chico, que, na risca da pequena área, foi travado por Leandro Leite. O mesmo Chico também arriscou de fora da área, mas exagerou na força e mandou por cima.

Com o São Paulo mais presente no campo de ataque, naturalmente apareceram mais espaços a serem explorados pelo time de Zimmermann. Em rápido contra-ataque, Lenílson aplicou um balão no marcador próximo ao meio-campo e arrancou até a área rival. O meio-campista, porém, perdeu tempo, permitiu a recuperação da defesa e não conseguiu acionar Papa na segunda trave. Foi uma das últimas ações do camisa 10, que logo foi substituído por Rennan Oliveira. Pouco depois, a última troca no Rubro-Negro, com a entrada de Rodrigo Silva e a saída de Papa.

A pressão são-paulina teve o ápice aos 22: depois do cruzamento da esquerda, Chico ajeitou de cabeça para Leomir, que aproveitou a liberdade concedida pelos jogadores do Brasil e soltou o pé de perna esquerda. Vendido no lance, Eduardo Martini viu a bola passar muito perto do alvo. O Xavante, por outro lado, não conseguia reter a redonda na frente e, diferente do primeiro tempo, corria riscos frequentes.

Aos poucos, contudo, as oportunidades foram surgindo. Aos 30, o desvio na zaga após a conclusão de Rennan Oliveira por pouco não traiu Roballo e tomou a direção do gol. O meio-campista voltou a aparecer mais tarde, dessa vez de forma decisiva: dominou pela esquerda e bateu colocado, parando na boa defesa do goleiro do São Paulo. A cobrança de escanteio achou Leandro Camilo, que subiu mais alto que todo mundo e cabeceou para o fundo do gol, sacramentando o triunfo vermelho e preto.

No final do jogo, após dividida pelo alto com Cleiton, Leandro Leite ainda foi expulso pelo árbitro, em uma das últimas ações da vitória rubro-negra.

Ficha técnica

Brasil: Martini; Wender, Cirilo, Camilo e Marlon; Leandro Leite e João Afonso; Marcinho (Jean Silva), Lenílson (Rennan Oliveira) e Nem; Gustavo Papa (Rodrigo Silva). Técnico: Rogério Zimmermann.

São Paulo: Roballo; Afonso, Lacerda, Cleylton e Alisson Gaúcho; Dema, Luanderson (Leomir) e Fidélis (Welder); Cleiton, Leandro Rodrigues e Cleverson (Chico). Técnico: Gilson Maciel.

Arbitragem

Roger Goulart, auxiliado por Rafael da Silva Alves e Alduino Mocelin.