Não é raro perceber certa ansiedade por parte dos jogadores à medida que a estreia em uma competição se aproxima. O próprio Pelotas encarou isso de forma mais forte na temporada passada, com o adiamento do debute na segunda divisão. Fábio Rosa, porém, não parece se encaixar nesse perfil. Pelo menos não deixou transparecer. Na entrevista coletiva realizada na Boca do Lobo na tarde desta quinta-feira (02), o volante até citou um “friozinho na barriga” antes do jogo contra o Avenida, na próxima segunda-feira, mas sua fala passou a impressão de tranquilidade.
Dentro do 3-4-3 implantado por Marcelo Rospide, Fábio Rosa atua por dentro, ao lado de Arílson, enquanto Mikael, pela direita, e Badé, pela esquerda, jogam mais abertos. Questionado sobre uma possível necessidade de mudança de esquema dependendo do adversário, foi enfático: “Temos que igualar o princípio da vontade. Depois entra o sistema tático, a técnica”.
Confira as falas de Fábio Rosa na coletiva.
Proximidade da estreia
“Independente de idade, nos preparamos todo esse tempo à espera desse momento que está chegando, que a gente possa ser feliz e começar com o pé direito”.
Ajustes finais
“Não tem ajustes finais, foi uma boa preparação. A única coisa que a gente chega ainda precisando é a questão do ritmo de jogo, e isso é algo que só o jogo te dá, nem o amistoso nem o treino dá essa sensação dos três pontos, aquilo que você precisa minimizar os erros, que você tem que estar 150% concentrado. O jogo tem as circunstâncias diferentes, o ambiente é diferente, a preparação anterior ao jogo é diferente… não sei se há ajustes finais, mas sim a gente colocar em prática o que foi treinado”.
Avenida
“Ainda não abordamos 100% a equipe do Avenida. Hoje ainda é quinta-feira, ainda temos três dias pro jogo. Acredito que vá se passar alguma situação, embora os jogadores e o próprio treinador nós conhecemos de trabalhar junto, de jogar contra. Acredito que ainda vai ser dado um feedback melhor da maneira de jogar do Avenida”.
3-4-3
“Esse é o nosso sistema de jogar. Não quer dizer que não possamos mudar no decorrer da partida. Com relação ao Avenida, acho que a gente precisa partir de igualar o princípio da vontade. Primeiro igualar isso, depois entrar o sistema tático, a técnica, e uma série de outras coisas. Temos vários fatores que dificultam na segunda divisão. O jogar fora de casa, os campos (alguns menores), o tipo do gramado… são várias circunstâncias, temos que igualar primeiro na vontade”.
Marcação mais alta e papel dos volantes na saída de bola
“Quando jogamos nesse sistema de três zagueiros, não convém o volante ficar indo buscar em cima da marcação, porque já temos três jogadores pra dar essa saída de bola. Treinamos muito esse passe entre as linhas, para que a gente possa dali distribuir, fazer uma aproximação na área, e para que a bola chegue com qualidade nos armadores. O papel do volante ali é dar essa sequência no passe, não voltar muito pra buscar e trazer a marcação pra cima e nesse momento que sofrer essa pressão alta, a gente precisa ajudar na marcação. Assim como a gente precisa entrar na área quando o time está atacando, também tem que fazer pra defender”.