Na tarde desta sexta-feira(31), Marcelo Mabília foi apresentado como novo técnico do Pelotas, para o restante da Divisão de Acesso. Em sua primeira fala como comandante áureo-cerúleo, Mabília lembrou que sabe fazer caminho que o Pelotas quer fazer: o de retornar à primeira divisão estadual. “Vislumbro fazer semelhante com o que fiz no Tubarão em Santa Catarina. Uma equipe que precisa retornar a primeira divisão. Um clube grande do interior do estado. Uma equipe que oferece ótimas condições pra que o treinador possa desempenhar o bom trabalho. Aqui no Pelotas encontro um grupo qualificado, uma comissão técnica qualificada. A possibilidade de vir para um clube da tradição do Pelotas, com tempo para trabalhar, é um desafio que me motiva bastante.”
Ao ser perguntado sobre o que era necessário para atingir o objetivo do Lobo, que é de retornar a primeira divisão do Gauchão, Marcelo reiterou a importância de uma boa estrutura. “Quando um clube atinge seu objetivo ele tem que se cercar em todas as áreas que envolve um trabalho de futebol profissional. Boas condições para a comissão técnica, em todas as suas áreas, campos de treino, preparação física, academia, bons refeitórios, boa logística de viagem, ação rápida. Acho que dentro do possível, o Pelotas tá se cercando disso.” O treinador ex-Tubarão, também lembrou da necessidade de se adequar à competição, e que o tempo é um bem precioso. “Temos que buscar um grupo que adapte ao campeonato também. É preciso ganhar tempo, por isso, também vim sozinho, aproveitando a bagagem que a atual comissão técnica do clube tem para oferecer. Temos que nos preparar para o que vem daqui pra frente. É preciso buscar a classificação, jogando um bom futebol, mostrando uma equipe competitiva, com a cara da competição.”
A pressão, tão falada nos arredores da Boca do Lobo também foi lembrada. Para Mabília, isso já tem que estar bem claro na cabeça do atleta quando vem para o Pelotas. “O jogador que vem pra cá tem que tá preparado pra lidar com a pressão. Pressão da torcida, por ver a diferença entre Brasil e Pelotas, que o torcedor vê. Pressão de ter que entrar com a responsabilidade de vencer todas as partidas da Divisão de Acesso. Temos que gostar de vencer. A partir de agora temos que ter um discurso forte, discurso de que temos que brigar pelas primeiras colocações para conseguir trazer os jogos decisivos para dentro da Boca do Lobo.”
A manutenção do trabalho de Felipe Muller deve ser uma das características que se virá no áureo-cerúleo. Mabília elogiou bastante o trabalho de Felipe, reiterou que é necessário trabalhar junto da comissão técnica do clube e comentou o que espera ver no grupo de atletas: união. “Vamos tentar manter tudo aquilo de bom. Ontem já conversamos sobre o que o Felipe achou do jogo, das dificuldades, das mudanças no intervalo. Claro que quem decide é o treinador, mas vou levar em consideração tudo o que o preparador físico tem pra nos falar. Então vamos ver. Espero que continue o que vi ontem. Uma equipe muito unida e fechada.”
Para encerrar, Marcelo não deixou de lembrar que está ciente da cultura do futebol brasileiro. Sequência de técnico se tem quando se está ganhando. E, para isso, lembrou da importância de conseguir passar o que deseja aos jogadores. “Treinador é julgado pelo resultado. Se as vitórias acontecem, o trabalho é bom, se não, é ruim. E para isso acontecer, para as vitórias chegarem, os jogadores tem que comprar a minha ideia.”