2010: o último ano que o Pelotas teve o mesmo técnico do início ao fim do Campeonato Gaúcho

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A direção do Esporte Clube Pelotas oficializou, na tarde desta quarta-feira, a demissão do técnico Marcelo Rospide. A decisão veio depois de quatro jogos na Segunda Divisão. O mais recente deles, a derrota por 2 a 0 para o Santa Cruz nos Plátanos. A falta de continuidade no trabalho de um treinador não é nenhuma novidade para o Lobo, que não mantém o mesmo técnico do início ao final do Campeonato Gaúcho (seja na primeira ou na segunda divisão) desde 2010, com Beto Almeida.

Relembre abaixo os técnicos áureo-cerúleos ao longo dos estaduais.

2011

2011 foi um ano de muitas mudanças no decorrer do Campeonato Gaúcho, com a chegada e saída de jogadores. Não foi diferente com a comissão técnica. Gilmar Dal Pozzo teve sete jogos à frente do Lobo em sua segunda passagem pelo clube. A demissão do treinador veio após um revés por 3 a 2 para o São Luiz na Boca do Lobo.

No dia seguinte à demissão, Armando Dessessards foi anunciado como técnico áureo-cerúleo. Ele estreou na despedida do Pelotas na Taça Piratini, com derrota para o Internacional por 3 a 2 no Beira-Rio. Armando seguiu no cargo até o final da competição, em que o Lobo se livrou do rebaixamento na penúltima rodada do segundo turno com uma vitória sobre o Internacional de Santa Maria. Chegou à rodada final com chances de classificação, o que acabou não acontecendo em função da derrota em casa para o Cruzeiro.

2012

Carlos Gavião teve sua primeira experiência como técnico no segundo semestre de 2011, ocasião em que foi eliminado pelo Grêmio-B nas quartas de final da Copa Laci Ughini depois de classificar o Pelotas na última rodada da fase de grupos. 2012 começou com atuações e resultados convincentes do Lobo na pré-temporada, com goleadas por 4 a 0 sobre o Cerâmica e o Juventud de Las Piedras. O Campeonato Gaúcho, porém, teve três jogos para Gavião, que deixou o clube após três derrotas.

Gavião atuou pelo Lobo como jogador e, no mesmo ano, foi anunciado como técnico (Foto: Gabriel Ribeiro/EC Pelotas)

No mesmo dia, o site oficial do Pelotas anunciou a chegada de Beto Almeida. O treinador conseguiu uma boa arrancada, com duas vitórias nos dois primeiros compromissos. O Lobo ficou sem a classificação no primeiro turno e, no segundo, se livrou matematicamente do rebaixamento na penúltima rodada, com a vitória sobre o Grêmio. Depois de um triunfo sobre o Cruzeiro fora de casa, garantiu vaga nas quartas de final, em que foi eliminado pela Universidade.

2013

Beto ganhou sequência para o segundo semestre de 2012 e foi mantido para o ano seguinte. No entanto, teve a mesmo número de jogos que o seu antecessor no estadual: três – também com três derrotas. Foi sob o comando do interino Carlos Moraes que o Pelotas conquistou as primeiras vitórias na competição.

Carlos Moraes foi demitido do Ypiranga neste ano

Com o fim da Taça Farroupilha e a não classificação para o mata-mata, o Lobo contratou Luiz Carlos Barbieri. Na luta contra o rebaixamento, ele estreou com uma importante vitória fora de casa contra o Novo Hamburgo por 1 a 0. A manutenção na elite, contudo, só foi confirmada na última rodada, no triunfo sobre o Caxias com dois gols de Wellington Tanque.

2014

A expectativa alta e a frustração foram elementos comuns em praticamente todas as últimas temporadas do Áureo-Cerúleo na primeira divisão. Neste ano, não foi diferente. Após os títulos no segundo semestre de 2013, o Pelotas não correspondeu e foi dono de uma campanha que reservou uma única vitória em seus domínios.

A demissão de Paulo Porto ocorreu na 8º rodada, após derrota para o Passo Fundo. A direção recorreu novamente a Luiz Carlos Barbieri, que mais uma vez desembarcou na Boca do Lobo em situação delicada. Dessa vez, em meio a uma série de lesões de seus jogadores, não conseguiu evitar o rebaixamento.

2015

Agenor Piccinin foi o escolhido para reconduzir o Lobo à primeira divisão em 2015. Em termos de resultado, teve um início mais do que satisfatório, encerrando a primeira fase com 7 vitórias e 5 empates e com a liderança da chave. O início dos Pentagonais, porém, foi vacilante, e Agenor deixou o clube na quarta rodada, após a primeira derrota do Pelotas no ano (1 a 0 para o Guarani de Venâncio Aires, comandado por Fabiano Daitx).

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Paulo Porto retornou ao Pelotas em 2015 (Foto: Pedro Antunes/EC Pelotas)

Paulo Porto retornou à Avenida e emplacou duas vitórias em sequência, mas a derrota fora de casa para o São Gabriel tirou qualquer possibilidade de classificação já com duas rodadas de antecedência.

2016

Algoz do Pelotas à frente do Guarani em 2014 e em 2015, Fabiano Daitx foi contratado quando o Lobo ainda era presidido por Flávio Luis Gastaud. Com a saída de Gastaud, Luis Antônio de Mello Aleixou ficou com o cargo de presidente do clube.

Fabiano pediu demissão depois da sexta rodada, em que o Áureo-Cerúleo empatou com o Avenida em casa por 1 a 1. Nos três jogos seguintes, a equipe foi comandada pelo interino Eduardo Pereira. Diferente do que se vê em 2017, a direção mostrou paciência com Luís Carlos Winck, que perdeu os primeiros três jogos à frente do clube. O treinador conseguiu levar o Lobo até o Quadrangular Final, em que ficou na segunda posição e, portanto, mais uma vez, sem o acesso.