Preparador físico João Beschorner: “Eu vejo um torcedor vibrante, saio na rua e vejo as pessoas deslumbradas”

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O Brasil se prepara para uma maratona de 5 jogos em 14 dias. Por isso, uma das preocuopações no Bento Freitas é a manutenção da condição física do elenco. Na tarde desta sexta-feira (10), o preparador físico João Beschorner concedeu entrevista coletiva e abordou temas como o planejamento físico do time do Brasil, os índices de lesões e a maratona de jogos que o time enfrentará. Para finalizar, Beschorner ainda comentou sobre o bom momento vivido pelo clube. “Eu vejo um torcedor vibrante, saio na rua e vejo as pessoas deslumbradas”, comentou.

Grêmio é o primeiro adversário da maratona que o Xavante tem pela frente (Foto: Carlos Insaurriaga/GE Brasil)

O planejamento da preparação física do G.E. Brasil

“Todo o trabalho que a gente planejou, conseguimos pôr em prática. Viemos ainda dentro do possível colocando e mostrando para os atletas que chegaram, uma metodologia que a maioria não estava habituada a realizar.

Estamos tendo um pouco mais de calma, porque quando tu chega em um local tu tem que ter um período de adaptação. Seja ela fora de campo, na cidade, em todo o setor. Então para nós eles estão atendendo o que nós queremos e estamos buscando cada vez mais tirar deles a qualidade técnica individual que eles possuem.”

O índice de lesões do time

“Se formos buscar todo o campeonato gaúcho, todos os clubes passam por esse processo. Nós podemos observar que todas as equipes estão com jogadores no departamento médico.

O Brasil tem um cuidado muito grande, porque nós buscamos jogadores pontuais, jogadores que vão realmente atender aquilo que precisamos dentro de campo. Hoje nós temos dois jogadores no departamento médico e eles fazem muita falta. Se tivesse um jogador que não está à disposição do Grêmio Esportivo Brasil ele fará muita falta. Então não seria a quantidade, e sim o que a gente nunca deseja, que é qualquer jogador no departamento médico. Todo o jogador faz falta para nós dentro daquilo que a gente planeja, um grupo pequeno que faça várias funções e esteja sempre à disposição. Eu não vejo como uma questão de o trabalho ser feito de um jeito ou de outro. Isso é uma questão de tu ter um tempo para conhecer e trabalhar com o atleta e o próprio atleta conhecer a nossa metodologia, e a partir desse período de adaptação a gente dar seguimento. Nós nesse momento tivemos um período de Pré-temporada mais curto, tivemos que apressar algumas situações para que o atleta se adapte o mais rápido possível.

Não tem uma receita que o atleta chegue e vá ter lesão. Tem atletas que chegaram e não tiveram lesão, e tiveram atletas que já estavam no grupo e se lesionaram. Não há uma receita, e eu não poderia te dizer o que é certo ou errado.”

A maratona de jogos que está por vir

“Nós quando iniciamos o campeonato brasileiro no ano passado, tivemos quase dez jogos em um mês. Foi bastante puxado, tivemos bastante viagens. Hoje nós enfrentamos o nosso regional assim, vamos ter alguns jogos de três em três dias, mas é tudo questão de adaptação. Nós não reclamamos do tempo que nós temos, acho que isso ai é mérito do brasil de estar disputando a Primeira Liga. Nós poderíamos estar bem contentes como os demais clubes do Gaúchão, disputando apenas esse campeonato.

Não podemos reclamar de jogar de três em três dias, se nós fomos beneficiados pela competência de um grupo de jogadores de trazer para o Brasil mais uma competição nacional como é o caso da Primeira Liga. Estes jogos acumulados são consequência de nós estarmos participando de mais uma competição nacional.

Isso pra nós é gratificante, tu poder passar para o torcedor do brasil vários jogos. Há um tempo atrás nós tínhamos que nos concentrar com jogos que, não por serem jogos da segunda divisão, de importância menor. Hoje nós conseguimos vender a marca do Brasil muito mais, então se nós tivermos maratonas de jogos como essa estaremos muito satisfeitos. Daremos sequência do que começamos lá no brasileiro, procurando recuperar os atletas que estão machucados e colocar em campo os atletas que realmente tem condições. Temos um grupo pequeno, mas com qualidade para que saia um e entre outro e siga o mesmo padrão.”