A campanha do Brasil no Campeonato Gaúcho 2017 foi longe daquela desejada por torcedores, comissão técnica, jogadores e dirigentes. A derrota para o Passo Fundo nesta quarta-feira, a quinta em 11 jogos, só não causou a queda do clube à Divisão de Acesso 2018 por causa do empate do Ypiranga com o Caxias, que ocasionou o descenso do Canarinho do Norte.
Pela primeira vez desde o retorno ao cargo, em 2012, o nome de Rogério Zimmermann não foi confirmado pelo presidente Ricardo Fonseca. Na coletiva após a derrota, ainda em Passo Fundo, Fonseca se esquivou quando perguntado se o técnico estará à frente do Xavante no Brasileirão Série B. “Essa é uma pergunta forte no momento. Eu não estou preparado ainda. Temos que analisar, conversar, eu, Montanelli e Armando (Dessesards). Ainda não posso afirmar nada. Mesmo que eu fosse rebaixado, não tomaria nenhuma decisão agora depois do jogo. Temos que esfriar a cabeça antes de fazer qualquer coisa”, analisou Fonseca.
O presidente também preferiu não tecer críticas sobre as atuações da equipe. Para Ricardo Fonseca, a irregularidade em alguma competição é natural, ainda mais em um trabalho que se mantém há várias temporadas. “Em cinco anos é impossível ter só vitórias. Nós tivemos dificuldades e poderemos ter de novo, mas acredito que não vamos mais passar por isso. Vamos ver o que fizemos de errado e tentar corrigir. Trocar por trocar não significa nada”, completou.
Após a derrota desta quarta, o técnico Rogério Zimmermann elogiou a produção ofensiva da equipe e lamentou o resultado negativo, que fez a equipe ser eliminada no Gauchão. “A campanha não é tão ruim. Ruim é quando cai. O Brasil tem os problemas da pré-temporada reduzida e é uma equipe interiorana. Acho que nós acertamos o time, que melhorou. Mas o campeonato é curto. Se tem pontos-corridos em turno e returno…”, se defendeu o treinador.
Sobre um desgaste com o torcedor, Rogério foi enfático. “Estou mais fortalecido agora. Botei o Brasil na primeira divisão duas vezes. E agora comigo, jogou quatro temporadas de novo na primeira divisão, com dois acessos nacionais. Não tenho uma capa de super homem. Se estou há cinco anos, é óbvio que vamos passar momentos difíceis, mas nada de rebaixamento”, cravou Zimmermann.
“Duas vezes eu tirei da segunda divisão e comigo o Brasil não cai. Hoje vou comemorar. Vai ser uma das noites mais felizes da minha vida”, concluiu o técnico sobre a campanha xavante no Gauchão. Perguntado se continua para a Série B, Zimmermann preferiu não responder e falou que precisa avaliar por completo a fala do presidente.
Para o Campeonato Brasileiro Série B, o presidente do Brasil falou que 12 jogadores tem o contrato em vigência. Os demais jogadores ainda serão reavaliados para saber se permanecem no segundo semestre, na avaliação de Ricardo Fonseca. Já o técnico Rogério Zimmermann falou que a preferência é pela permanência de todos do elenco.