Opinião: Um teste à maturidade juventudista

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Juventude e Brasil-Pel fazem amanhã (20), um clássico gaúcho pela série B. E este é um jogo que ganha muita importância à medida que os dois times, nos últimos anos, estabeleceram uma certa rivalidade. Pois representam dois polos tradicionais do futebol gaúcho – serra e zona sul – que rivalizam para saber quem é maior e mais importante no contexto do Rio Grande do Sul. Independente de quem tenha sido mais vitorioso historicamente, hoje, chegam em pé de igualdade no cenário nacional, cada um defendendo o seu momento de reconstrução, mas acima de tudo, dois representantes do nosso estado. Mas este jogo especificamente desperta uma curiosidade ainda maior, pois se Juventude e Brasil-Pel costumam fazer jogos atrativos, este confronto ganhou um ingrediente ainda mais especial: WAGNER! O mesmo que desestabilizou o Juventude durante o Gauchão, quando atuava pelo Caxias, agora defende o Xavante. Bom jogador, todos sabemos que ele é, mas o grande destaque dele foi provocando clube, torcida e alguns jogadores específicos (Ruan Renato e Wallacer), por ocasião dos CAJUs do Campeonato Gaúcho. Para o jogo de amanhã, sei que não é fácil, mas o contexto juventudista deveria ser de indiferença em relação a este jogador. Sem supervaloriza-lo, apenas marcando como se marca qualquer bom jogador adversário, qualquer um… isso vale para os jogadores e até para o torcedores alviverdes. Ignorar o personagem Wagner, sem dar holofotes. E valorizar o bom time do Brasil-Pel. Este é o caminho para o sucesso no jogo desta terça-feira. Ser indiferente, com quem gosta de aparecer, é uma virtude que só os inteligentes conseguem. Qualquer outra leitura que se faça, qualquer reação diferente que se tenha, só pode prejudicar o Juventude.