No futebol e na vida, por muitas vezes, os grandes talentos demoram um pouco mais para aparecer, amadurecer, desabrochar. No Pelotas, os últimos atletas revelados pelo clube foram obrigados a subir para o profissional aos 17 anos, em função da ausência de um departamento júnior, que possibilitaria aos jovens maior tempo para a transição do amador. Em alguns casos os meninos já estão prontos nesta idade, mas na maioria a situação é bem diferente. Para parar de “queimar etapas” com as suas promessas, o áureo-cerúleo está prestes a dar um importante passo: criar uma equipe sub-20.
Para que se entenda o processo, com 18 anos os atletas já são obrigados a receber uma renda maior, por serem maiores de idade. O processo de criação da categoria júnior requer um investimento pesado. Apesar disso, a intenção do Pelotas é colocar o sub-20 em competições oficiais já em 2012.
“O Pelotas já tem todo o projeto de estruturação, levantamento de custos, tudo que é necessário para a criação deste departamento já organizado, montado. É um levantamento que já está na posse do presidente, nós estamos conversando sobre isso semanalmente, o presidente e a sua equipe estão buscando o aporte financeiro para isso, então, eu acredito que isto venha a acontecer dentro da possibilidade do Pelotas”, explica Jorge Bopp, diretor de futebol do Pelotas.
Bopp nega a parceria com empresários da cidade para viabilização do projeto, especulação que havia sido divulgada pela imprensa há algumas semanas. “Quem cuida disto é o presidente, mas como gestor eu aconselho o clube a investir no seu próprio departamento, para que, no momento do retorno, possa ter direito ao valor referente ao investidor. A gestão do futebol tem que ser do clube. Nós teríamos é que contratar mais profissionais técnicos para a categoria sub-20, mas a parte de gestão e administração é de responsabilidade do Pelotas”, concluiu.
O que o Bopp tem haver com isso? Isso é assunto para a direção executiva, me admiro de vocÊs entrevistando ele. Só me dá a impressão que o Pelotas não tem direção atuante e quem manda é o funcionário-empresário.