A mística do clássico

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Como diz o poeta; “Clássico é clássico”! Trata-se de um jogo  especial, que movimenta toda a cidade e mobiliza ainda mais o torcedor. Uma partida que arruma a casa de quem vencer e bagunça a vida do perdedor. Por isso algumas artimanhas são utilizadas pelos clubes para garantir o resultado.

Rodrigo Menezes (no centro de amarelo) é dúvida no Lobo

O Pelotas adotou a tática dos portões fechados. “Isso é  mais para bola aérea, jogadas ensaiadas, que na hora do jogo faz a diferença”, disse o volante Nunes. Os treinos estão sendo realizados a “sete chaves” na Boca do Lobo. Porém, as informações vão surgindo. Clodoaldo, poupado contra o Guarany-Cam especialmente para o Bra-Pel, não treinou durante a semana com dores no joelho. Será que vai para o jogo?

Rodrigo Menezes, cogitado para entrar na equipe, voltou a sentir a lesão que lhe tirou das partidas iniciais do campeonato. Virou dúvida? O recém contratado Samuel, está treinando entre os titulares. Ele inicia a partida?

Verdadeiras ou apenas informações para confundir o adversário, as questões acima serão esclarecidas minutos antes de a bola rolar.

Juninho seria a arma do Brasil?

Pelo lado Xavante, nada de portões fechados. O Brasil segue a rotina normal de trabalho. Porém, o tempero rubro-negro foi lançado nos bastidores do clássico. Sem contar com Jonas e Júnior Carvalho, lesionados, Sérgio Ramirez pode até ter que improvisar na zaga. No entanto, Júnior Carvalho vem evoluindo bem da lesão muscular de grau dois, e acredita que pode jogar. “Me falaram que é uma lesão de grau dois, mas estou me sentindo bem. Estou pronto para o jogo”, disse o defensor. Porém, André Guerreiro, médico rubro-negro, entende que o jogador, devido à lesão de grau dois no músculo adutor, deverá ficar de fora do clássico. Estará o zagueiro em campo?

O atacante Juninho, afastado dos gramados há 15 dias devido a uma lesão muscular, correu em volta do gramado do Bento Freitas na quinta-feira (1). Estaria o atacante recuperado para disputar o jogo? O centroavante Luiz Carlos, goleador do Brasil na Copinha com quatro gols, pode perder a titularidade para Rafael Xavier, atacante que conta com a admiração de Ramirez?

Verdadeiras ou não, as interrogativas acima também serão solucionadas quando soar o apito do árbitro pelotense Jean Pierre Lima. Alias, será ele mesmo o árbitro da partida?

JOGADAS DO PASSADO

Na década de 80 duas ‘jogadas’ extracampo marcaram a história do clássico Bra-Pel. O atacante Lambari, hoje técnico das categorias de base do Progresso F.C, defendia o Brasil. Na semana do clássico, Lambari ficou de fora dos treinos por estar lesionado. No dia do jogo, para surpresa de todos o nome do atacante estava entre os titulares.

Alguns anos depois, o volante Dido, depois de uma passagem bastante identificada pelo rubro-negro, se transferiu para a Avenida Bento Gonçalves. Na semana do clássico o volante era dado como ausência certa no time áureo-cerúleo. Dido jogou. Depois se descobriu que o atleta chegou a ser escondido na concentração para que imprensa não descobrisse sua escalação.