O primeiro teste do Brasil em casa foi promissor, não somente devido ao placar dilatado. 5 a 1. Mas também pela distribuição tática do Xavante. O técnico Hélio Vieira montou o Brasil num 4-4-2 (4-2-2-2), com desenho de quadrado no meio de campo.
No diagrama tático podemos observar a movimentação do Brasil com a bola no pé. A equipe Rubro-Negra utilizou a velocidade pelos lados do campo como sua principal arma para criar jogadas ofensivas. Dos cinco gols, três tiveram origem em jogadas laterais.
Isso se deve as constantes passagens de Jackson e Galego,respectivamente direita e esquerda, e a aproximação dos meias Marcelo Moscatelli e Cinval no apoio aos laterais. A entrada de Marangon no time titular facilitou a transição defesa-ataque do Brasil. O camisa 7 deu mais qualidade na saída de bola e precisão nos passes. Com a bola no pé Marangon ficava à frente de Carlos Alberto e fazia a distribuição da bola.
Moscatelli e Cinval, movimentam-se muito. Geralmente Moscatelli ficava pela esquerda e Cinval pela direita. Porém, às vezes, trocavam de lado, sempre sincronizados. Os dois meias de armação voltavam para buscar o jogo e sair com a bola dominada de trás para criar. Pouco se viu o Xavante dar balões, a preferência era sempre sair com a bola no chão.
O Brasil jogava com dois atacantes, teoricamente um segundo atacante e um centroavante. Teoricamente, pois os dois se movimentaram muito. Tanto Clayton, o homem de área, que vinha buscar jogo e abria pela direita. Felipe Oliveira – depois Flaviano – abria pelo lado esquerdo, para ser opção de passe. Essa movimentação dos atacantes originava espaços para a entrada dos meias na área.
Na marcação o Brasil não foi muito exigido pela Riopardense, equipe que não mostrou qualidade na partida. Quando ficava com a bola não assustava. Conseguiu seu gol em cobrança de bola parada. Mesmo a qualidade do adversário sendo questionável o Brasil deu sinais de estar indo no caminho certo. Ainda é muito cedo para afirmar, mas as primeiras impressões em casa foram boas.