Contradições na Baixada

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Presidente Ricardo Fonseca concedeu fortes declarações em coletiva

No final da tarde desta quarta, a informação que movimentou os bastidores do futebol Pelotense, foi a saída do diretor de futebol do Brasil, Homero Klauck, e do afastamento de Sylvio Ballverdú, ex-presidente do clube e colaborador histórico do Xavante.

Em contato com o presidente do Brasil, a reportagem do Rede Esportiva, obteve a confirmação destes fatos, fazendo assim, com que o vice-presidente de futebol do Brasil, Cláudio Montanelli, ficasse sozinho no departamento sem seu parceiro de longa data.

Nos momentos que antecederam o amistoso entre o Brasil e o São Paulo, o presidente Ricardo Fonseca, novamente reafirmou que Klauck e Ballverdú estavam fora do dia-a-dia do clube. Sylvio Ballverdú afirmou ao Rede Esportiva que havia se afastado do clube por algumas divergências, mas deixou claro que por não ter cargo nenhum na direção, e ser apenas um colaborador, se afastou por vontade própria.

Já Homero Klauck, esteve acompanhando a partida na “boca do túnel”, junto ao vestiário do Brasil, como costumeiramente faz, em partidas do rubro-negro. Indagado por todos os repórteres presentes na partida, Homero disse desconhecer a “demissão” dele, e garantiu que seguia em suas atribuições normais como diretor de futebol, e só deixaria o cargo no momento em quem o convidasse – Cláudio Montanelli – pedisse para ele se retirar.

Após a partida, o presidente Ricardo Fonseca, em entrevista coletiva, novamente confirmou a saída de Klauck e desferiu fortes palavras para comentar a situação: “O regime aqui no Brasil é presidencialista. Eu tenho total autonomia para demitir todos os diretores e até os vice-presidentes. Se isso acontecesse, o conselho tinha que se reunir e escolher os novos nomes. Os diretores e os vices são cargos de confiança do presidente, e eu afirmo: ele(Homero Klauck) está fora das atribuições dele do departamento de futebol.” – afirmou o presidente rubro-negro. Sobre a saída de Ballverdú, Fonseca só confirmou: “Ele é um colaborador sim, e se afastou. Se quiser colaborar de novo, é bem vindo, mas hoje ele está afastado.”

Perguntado sobre se tem medo de ficar isolado, Ricardo disse que não: “Não tenho esse medo. Posso falar para vocês que não estou sozinho. Muitos conselheiros estão se manifestando, apoiando as decisões que eu tenho feito. Nós contratamos o Fabrício(Marín), que veio para ser um grande gestor do clube, coisa que o Brasil não tinha há 100 anos(sic). O nosso problema não é futebol, é gestão.” – afirmou Ricardo Fonseca. A respeito sobre um possível substituo de Klauck, ele disse não ter nenhum nome ainda: “Não pensamos nisso ainda. Se for preciso, ficamos sem diretor de futebol. Fica o vice, e eu contrato um diretor de futebol remunerado. Vamos ver isso ainda.”

Eduardo Torres