Bra-Pel 353: empate sem gols joga a decisão pra baixada

Autor(a):

23 de setembro, uma noite de segunda feira, com cara de noite de segunda feira: frio, chuva, noite propícia a deixar os cidadãos pelotenses em casa, dormindo, ou olhando um filme qualquer. Mas não esta segunda-feira, era segunda feira de clássico Bra-Pel, segunda-feira que tirou mais de 6 mil pessoas de casa, para se aventurarem a uma chuva incessante e um intenso frio, para assistir o maior clássico da cidade. Brasil e Pelotas fizeram a primeira partida da decisão do primeiro turno da Copa Fronteira Sul, na Boca do Lobo. O jogo terminou empatado em 0 a 0. Com isso, a indefinição paira sobre o confronto de volta, quinta feira no Bento Freitas.

Ninguem ganhou, ninguem perdeu, no Bra-Pel 353
Ninguem ganhou, ninguem perdeu, no Bra-Pel 353

 

O Brasil do técnico Rogério Zimmermann entrou em campo com uma surpresa: Marcio Hahn apareceu na equipe titular sacando o meia Gustavinho. Mas a surpreendente mudança não intimidou a equipe áureo-cerúlea, que motivada por jogar em casa, colocou uma pressão alucinante na defesa xavante, chegando quase ao gol que abriria o placar por diversas vezes.

A primeira chance veio logo aos dois minutos: Gilmar lançou Felipe Garcia em contra-ataque, o camisa 11 do Pelotas ficou livre, frente a frente com Luis Muller, melhor para o goleiro xavante, que em um milagre colocou a bola para escanteio.

Na cobrança do escanteio, Edson Borges subiu mais que todo mundo e cabeceou pro gol, obrigando Luis Muller a fazer outro milagre, a bola ainda sobrou pro capitão áureo-cerúleo no rebote, mas a trave salvou a equipe rubro-negra.

Logo depois, veio o primeiro desentendimento da partida: Cleiton sofreu falta de Tiago Gaucho, o que gerou reclamação de jogadores dos dois lados, com principio de empurra-empurra, que foi contido pelo árbitro Anderson Daronco.

Após a confusão, o Pelotas caiu de rendimento, graças ao encaixe da forte marcação rubro-negra. Apesar de marcar muito, o Brasil não conseguia criar chances de gols, o que deixou o jogo bastante truncado no restante do primeiro tempo.

Faltas, passes errados, discussões, passaram a resumir o primeiro tempo, que foi encerrado com uma última chance áureo-cerúlea, em cobrança de falta de Bruno Coutinho que Luis Muller colocou para escanteio.

Decisão ficou para a baixada
Decisão ficou para a baixada

No segundo tempo, o baixo ritmo de jogo continuou. Muitas faltas, e poucas chances de gols criadas. Aos 27 minutos, Edson Borges cabeceou por cima do gol, após cobrança de falta na primeira chance clara do segundo tempo. Mas foi aos 32 minutos, que o Pelotas chegou mais perto do gol na etapa final: após cruzamento de Digão, Jeferson cabeceou conscientemente no canto de Luis Muller, que ficou torcendo para a bola ir para fora.

No final do jogo, o áureo-cerúleo ameaçou pressionar o Brasil com uma sequencia de escanteios, que não resultaram em muita coisa. Com o empate em 0 a 0, quem vencer o jogo da volta no Bento Freitas, leva o título do primeiro turno da Copa Fronteira Sul. Caso haja empate com gols, o título é áureo-cerúleo. Se o resultado na baixada também for o 0 a 0, o título será decidido nos penaltis.

 

ficha técnica

COPA FRONTEIRA SUL
PELOTAS 0x0 BRASIL

Local: estádio Boca do Lobo

Arbitragem: Anderson Daronco, auxiliado por: Júlio César dos Santos e Vilmar Burini

Cartões Amarelos: Pelotas: Tiago Gaucho e Pedrão ; Brasil: Leandro Leite, Marcio Hahn e Cleiton

Pelotas: Paulo Sérgio; Tiago Gaucho, Edson Borges, Pedrão e Digão; Jovane, Paraná, Gadelha(Jeferson Luis) e Bruno Coutinho(Elton); Felipe Garcia e Gilmar; técnico: Paulo Porto

Brasil: Luis Muller; Wender, Cirilo, Fernando Cardozo e Rafael Forster(Edu Silva); Leandro Leite, Washington, William Kozlowski(Nunes), Marcio Hahn e Cleiton(Gustavinho); Eder Machado(Gustavo Papa); técnico: Rogério Zimmermann