Nesta sexta-feira (8/11), Pelotas e Brasil entraram no gramado do estádio Boca do Lobo para disputar o sétimo clássico Bra-Pel do ano. Este, tinha um significado maior: era a primeira partida da final da Copa Fronteira Sul. Em uma noite de muita chuva, Lobo e Xavante fizeram um clássico bem jogado, que foi decidido por Mithyuê. O jogador, que entrou na partida por uma casualidade, acabou dando a vitória ao Lobo, com um golaço. Com a vitória de 1 a o, o Pelotas pode empatar a partida de volta, terça-feira que vem, no Bento Freitas, que se sagra campeão regional.
INICIO DO JOGO: CHUVA E CHANCES DE GOL
A partida começou sob muita chuva, na Boca do Lobo. E a primeira chance veio logo no início, com um minuto de partida. Em jogada de Felipe Garcia pela direita, Rafael Santiago escorou de calcanhar para Régis, que de bico, chutou em cima da zaga rubro-negra, a bola acabou quase encobrindo Luiz Muller, levantando os torcedores áureo-cerúleos no estádio da avenida.
A resposta xavante veio aos 4 minutos: em contra-ataque rápido, Eder Machado tocou para Joelson, que de muito longe arriscou. A bola encobriu Paulo Sérgio e passou perto do gol.
BRILHA A ESTRELA DE MITHYUÊ
A estrela de Mithyuê começou a brilhar aos 14 minutos de jogo. Após ter sido preterido pelo treinador Paulo Porto e ter começado a partida no banco, o meia viu Felipe Garcia sentir uma lesão e pedir para ser substituido. O jogador que veio com pompa de principal contratação para o segundo semestre, entrou em campo e em menos de um minuto, entrava pra história do clássico.
A jogada começou com Igor, pela lateral direita, que passou por Joelson e tocou para Mithyuê. O meia prendeu a bola, limpou para a perna esquerda e, da intermediária, acertou um canudo no ângulo de Luiz Muller, fazendo a Boca do Lobo explodir aos 16 minutos.
A partir do gol, o Brasil começou a buscar o gol de empate. Aos 20 minutos ele veio, em cabeçada de Cirilo, mas a arbitragem anulou o lance alegando falta do zagueiro rubro-negro.
O Pelotas teve chances de ampliar aos 38 minutos, de novo com Mithyuê. Após jogada de Digão pela esquerda, a bola caiu nos pés do meia, que limpou a marcação e chutou por cima. Mas a melhor chance áureo-cerúlea veio no último lance do primeiro tempo: após erro de William Kozlowski, Régis recebeu a bola e lançou Rafael Santiago, que de esquerda chutou muito perto do gol de Luiz Müller.
BRASIL BUSCA O GOL DE EMPATE NA SEGUNDA ETAPA
A primeira chance do segundo tempo foi do Brasil, e claríssima. Aos 14 minutos, em cobrança de escanteio de Rafael Forster, Paulo Sérgio não conseguiu afastar e Eder Machado, sem goleiro, cabeceou para fora.
A resposta áureo-cerúlea veio aos 18, em jogada de Mithyuê pela esquerda, Rafael Santiago não conseguiu aproveitar o cruzamento e desviou para fora.
O Brasil só conseguiu ocupar o campo de ataque dos 20 minutos em diante, mas, mesmo assim, sem criar grandes chances. A única foi aos 34 minutos, quando em escapada, Márcio Hahn chutou fraco, sem perigo para a meta de Paulo Sérgio.
VITÓRIA, QUEBRA DE TABU E VANTAGEM ÁUREO-CERÚLEA
A vitória teve marca histórica: faziam 15 anos que o Pelotas não vencia um clássico Bra-Pel em seus domínios. O 1 a 0, deu ao Lobão a vantagem do empate no jogo da volta, que será no estádio Bento Freitas, nesta terça-feira (12/11). Para se sagrar campeão, o Xavante precisa vencer por mais de dois gols de diferença. Caso o placar de 1 a 0 se repita, a favor do Xavante, o título da Copa Fronteira Sul será definido nos penaltis.
ficha técnica
COPA FRONTEIRA SUL
PELOTAS 1×0 BRASIL
Local: estádio Boca do Lobo
Arbitragem: Leandro Vuaden, auxiliado por: José Antonio Franco Filho e Leirson Peng Martins
Cartões Amarelos: não houve
Gols: Mithyuê, aos 16 minutos do primeiro tempo
Pelotas: Paulo Sérgio; Igor, Bruno Salvador, Pedrão e Digão; Jovany, Paraná, Tiago Gaucho e Regis(Fabiano Gadelha); Felipe Garcia(Mithyuê) e Rafael Santiago; técnico: Paulo Porto
Brasil: Luiz Muller; Wender, Cirilo, Fernando Cardozo e Rafael Forster; Leandro Leite, Washington, Marcio Hahn e William Kozlowski(Ricardo Schneider); Joelson e Eder Machado(Gustavo Papa); técnico: Rogério Zimmermann