Longe das baladas, Aládio fala sobre sua longevidade como atleta profissional e sobre sua outra grande marca na carreira: os seis acessos para a elite do futebol gaúcho. Agora, no Farroupilha, ele vai em busca de mais um
Logo na primeira entrevista com Aládio, o repórter afirma: “Mais um desafio buscando, quem sabe, mais um acesso, Aládio”. Na primeira resposta, o zagueiro já demonstra suas principais virtudes na carreira: a incrível marca de seis acessos para a primeira divisão gaúcha, por enquanto, e a longevidade.
– Pô! Seria legal e seria importante, né? Todo jogador possui objetivos e metas. E eu gostaria muito daqui uns dois anos, quem sabe, encerrar a carreira com sete acessos. Seria marcante para o futebol gaúcho e principalmente para mim. Agora cabe a nós trabalhar para que isso aconteça – respondeu Aládio.
Aos 39 anos (completa 40 em outubro), como se nota, parar ainda é um plano um pouco distante. Rodado e com passagens por inúmeros times do interior gaúcho, ele por pouco não acertou com outra equipe do estado. Ou melhor, muitas outras.
– Eu estava em contato com o Bebeto Rosa já na metade de outubro (de 2010). Ele entrou em contato e disse que gostaria muito de contar comigo e eu falei que tinha o mesmo interesse. Então fiquei aguardando. Ele esteve acertado com um monte de times e no fim não dava certo. Há poucos dias ele me ligou e disse que tinha acertado aqui e passado meu nome para o Coronel Ewaldo Poeta. Logo ele entrou em contato comigo, me fez uma proposta, eu fiz outra para ele, e acertamos – conta Aládio, que em 2010 defendeu o Bagé na Copinha.
Esta não é a primeira vez do atleta com o uniforme tricolor. Em 2006 ele defendeu o clube que, segundo ele, não era como hoje.
– Mudou muita coisa. Hoje o Grêmio Atlético Farroupilha está bem mais estruturado, na parte de campo, vestiário. Na parte diretiva também. Hoje existem mais diretores, mais pessoas ajudando engajadas no sucesso do Farroupilha.
Longe de ser um garoto, o provável capitão do Fantasma dá as instruções para os atletas que buscam completar uma longa carreira – sem perder a qualidade.
– A receita é tomar alguns cuidados. Eu sou um jogador casado há quase 20 anos, sou um cara muito caseiro. Gosto de estar com minha família, então isso é importante. O jogador treina forte, se alimenta bem e descansa. Além disso tive poucas lesões até hoje. Foram três ou quatro, nada tão grave. Isso facilita bastante, pois o jogador não perde tempo, não perde a forma física e automaticamente está sempre jogando – explica.
Ta ai um exemplo de atleta.
Só a minha idade que vau adiante!