Ex-jogador da seleção brasileira, Ricardo Cabral, o “Chupeta”, fala sobre sua carreira e futsal pelotense

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Ricardo Cabral tem 39 anos e muita história no esporte. Natural de Pelotas e apelidado de “Chupeta” desde novo, iniciou no futsal ainda criança atuando pelo Clube Brilhante. Aos poucos foi traçando uma carreira de sucesso e muitos títulos. “Graças a Deus, fui campeão por onde passei”, revela o ex-jogador. Com convocações para seleção brasileira e o título de melhor fixo do país, Chupeta dedica agora sua vida a dar aulas para crianças em uma escolinha de futebol. Além disso, disputa o Citadino de Futsal pelo Pelotas, time que está na final do torneio na próxima sexta-feira (6/12), diante o Paulista. Nesta quarta-feira, Chupeta conversou com a equipe do Rede Esportiva e falou sobre sua história, sobre a expectativa para a decisão do campeonato municipal e sobre o futuro do futsal pelotense.

Ricardo Cabral, o Chupeta, conversou com o Rede Esportiva sobre sua história e sobre o futuro do futsal pelotense

Ricardo Cabral, o Chupeta, conversou com o Rede Esportiva sobre sua história e sobre o futuro do futsal pelotense

 

INÍCIO

Chupeta dá aulas na escolinha de futsal situada no Complexo Esportivo DC. Ao falar de sua história, o ex-jogador se comparou a um de seus alunos: “Comecei a jogar quando era deste tamanho”, falou o ex-jogador apontando para uma criança sentada à sua frente.

Nascido em Pelotas, há 39 anos atrás, Ricardo Cabral deu seus primeiros passes e chutes nas quadras do Clube Brilhante. Lá jogou até os 16 anos, disputando campeonatos importantes desde jovem. “No Brilhante eu jogava na equipe mesmo, não era escolinha. A gente disputava Campeonato Gaúcho da categoria e outras competições importantes”, ressaltou.

Nessa época então, surgiu a oportunidade de tentar a sorte no futebol de campo. O destino era a Boca do Lobo, onde jogou até a maioridade, mas sem deixar o futsal de lado.

– Fui para o Pelotas jogar campo, mas não abandonei o futsal. Ao mesmo tempo que jogava no Pelotas, eu fazia parte da equipe do Paulista de futebol de salão – disse Chupeta.

Ricardo ficou 4 anos alternando os campos e as quadras, o Pelotas e o Paulista, até que veio o seu primeiro contato profissional como jogador de Futsal, de Uruguaiana.

“Depois de um Bra-Pel na Boca do Lobo, vencido por nós, fui convidado pra jogar no Uruguaianense, clube de futsal de Uruguaiana que disputava grandes competições. Lá fui treinado pelo pai do Daniel Carvalho, e daí comecei minha trajetória no futsal.

CARREIRA DE SUCESSO

Chupeta com uma de suas muitas medalhas conquistadas

Pelotense teve uma carreira de sucesso no futsal

A trajetória de Chupeta no futsal foi vencedora. Com uma passagem de sucesso pelo Uruguaianense, a serra gaúcha chamava Ricardo e lá, o jogador viveu o auge de sua carreira. Contratado pela ACBF de Carlos Barbosa, Chupeta foi campeão da Taça Brasil, eleito o melhor fixo do país e convocado pela seleção brasileira.

“Foi meu auge, em 2001. Tive a honra de ser eleito o melhor da posição no Brasil inteiro e veio as convocações para a seleção brasileira. Na seleção fiz parte do grupo que tinha Falcão, Manoel Tobias entre outros craques”

Na seleção, Chupeta disputou alguns amistosos, um Grand Prix, realizado em Singapura e um torneio realizado em Portugal. O pelotense ficou no convívio direto da seleção por mais de um ano, até ter se transferido para a Espanha, onde ficou por dois anos e meio.

– Conquistei alguma coisa lá na Espanha também. Em âmbito regional, venci alguns campeonatos

Após a experiência no exterior, Chupeta voltou para o Brasil em 2008, se transferiu para o futsal paranaense, onde conquistou mais dois títulos estaduais, antes de encerrar a carreira como profissional.

Chupeta orientando seus alunos em treino de sua escolinha

Chupeta orientando seus alunos em treino de sua escolinha

CONVITE DO PELOTAS

Chupeta disputa o Citadino de Futsal de 2014 pelo Pelotas. O jogador disse que o convite “irrecusável” partiu de um amigo: “Eu tava apenas treinando e o Rafael Almeida (jogador do Pelotas) veio aqui e falou que precisava de mim. Não podia deixar meu parceiro na mão, principalmente por eu ser Pelotas” revelou.

O jogador falou também sobre a expectativa para a final entre Pelotas e Paulista, que começa nesta sexta-feira (6/12), no Ginásio do Paulista. “Vai ser disputado. Acho que não tem favorito, o time deles é bom, jovem e treina mais que o nosso. O jogo vai ser bom. Eu já treinei o Paulista, tenho um carinho muito grande pela equipe, mas quero ganhar”, afirmou Chupeta.

FUTURO DO FUTSAL NA CIDADE

Ricardo falou também sobre a possibilidade de Pelotas ter um time profissional de Futsal no ano que vem, revelou como andam as tratativas por patrocínios e ressaltou a importância de uma equipe forte na cidade.

“O Daniel Carvalho tá buscando alguns patrocinadores, já conversou com algumas empresas e o negócio está bem encaminhado. É muito importante pra essa garotada aí, ter para onde crescer. Você vê muitos jogadores pelotenses aí fazendo sucesso no futsal, mas que tiveram que sair para crescer. Uma equipe profissional forte, aqui na cidade faz falta, principalmente pra essa garotada que tá surgindo.”

O “tio”, como é chamado por seus alunos, garantiu que pretende participar de alguma forma do projeto, mas que não deverá ser dentro das quatro linhas. “Acho que vai ficar difícil pra eu jogar. Vai ficar muito puxado, tenho a escolinha e outros afazeres. Mas quero ajudar, alguma coisa eu vou fazer”, disse o sorridente professor.

Sobre a sua escolinha, Chupeta garante, que sairá algo bom de seus alunos: “Aqui tem garotada de 5 até 15 anos. E tem guri bom aqui. Alguns mostram que tem potencial pra se tornarem, quem sabe, grandes jogadores um dia”.