Criciúma comete mesmo erro do Brasil, mas o julgamento foi diferente

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Caio Rocha teve duas opiniões diferentes em dois casos muito parecidos. (Foto: Alexandre Durão)
Caio Rocha teve duas opiniões diferentes em dois casos muito parecidos. (Foto: Alexandre Durão)

Criciúma escala jogador irregular mas não perde pontos, situação é muito parecida com a vivida pelo Rubro-Negro há três anos atrás. O Criciúma escalou irregularmente o jogador Cristiano, punido por cinco jogos quando ainda defendia o Naviraiense, o Xavante, que foi punido pelo STJD na época, escalou o jogador Cláudio Roberto, punido quando defendia o Ituiutaba.

O dia era 17 de julho de 2011, o jogo era contra o Santo André. A partida válida pela Série C foi vencida pelo Brasil por 3 a 2, resultado importantíssimo fora de casa para o Xavante. Mas nesta mesma partida, o Brasil escalou irregularmente o lateral Cláudio Roberto, o jogador havia sido expulso na última rodada de Série C 2010, quando defendia o Ituiutaba, atual Boa Esporte.

O STJD, tribunal que julga as competições nacionais, retirou os pontos do Xavante e assim, rebaixou o clube no tapetão em 2011. Para o Criciúma, a condenação foi diferente. O clube catarinense não sofreu punição por ter cometido o erro, e permaneceu com o mesmo número de pontos. Caio Rocha, atual presidente do STJD, esteve nos dois julgamentos. Mas o seu voto foi diferente, no do Brasil, votou pela punição do clube, no julgamento do Criciúma, achou que o STJD não deveria interferir tanto no resultado de campo.

Não é a primeira vez que o tribunal faz um julgamento diferente para casos muito parecidos. Em 2010, pela Série B, o Duque de Caxias não foi punido em uma situação quase idêntica, caso fosse punido, o Duque seria rebaixado e livraria o Brasiliense. Em 2006, foi a vez do Santos ir a tribunal por uma situação muito parecida. Pela Copa do Brasil, o clube da Vila Belmiro escalou irregularmente o zagueiro Domingos, que foi punido quando defendia o Grêmio pela Série B. Se houvesse a  punição, o Sergipe herdaria a vaga do Santos.

“Creio que há, sim, dois pesos e duas medidas. Na época, consultamos a CBF e a Federação Gaúcha, tínhamos um documento da Federação Mineira afirmando que não havia pendência nenhuma, e escalamos o jogador de boa-fé. Não foi culpa nossa.” afirma Eduardo Szechir, que representou o Xavante no tribunal em 2011.

Cláudio Montanelli, vice do Brasil, deu entrevista comentando sobre o caso

O vice Cláudio Montanelli, deu entrevista para a Rádio Universidade comentando o caso. Cláudio ressaltou que o Brasil sempre soube que tinha razão. Na entrevista, Montanelli falou sobre toda a luta do Brasil para voltar a Série C.

Confira a entrevista na integra de Montanelli concedida a Rádio Universidade.